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ECONOMIA

Na semana que vem, Governo de Bolsonaro anunciará pacote de bondades em relação à Economia

Ideia é o Palácio Planalto lançar pelo menos uma medida positiva por dia até alcançar E$ 150 bilhões no mercado

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POR TIÃO MAIA, PARA ACRENEWS / Foto: Agência Brasil

A próxima semana começará com o lançamento de uma série de medidas do Governo Federal cujo objetivo é fortalecer a economia do país, que ainda sofre com as consequências da pandemia e certamente também será afetada pela guerra na Ucrânia. O pacote vai liberar mais de R$ 150 bilhões no ano eleitoral, sendo que a maior parte desse dinheiro estará fora do Orçamento e sem impacto sobre as contas públicas, dizem os chamados analistas do mercado.

A intenção do governo é lançar pelo menos uma medida por dia, em eventos no Palácio do Planalto.

Para a população, a ação de maior impacto virá da liberação de recursos do FGTS, mesmo sob protestos da construção civil — que usa o fundo como fonte para financiamento. O governo planeja liberar saques de até R$ 1.000 por cidadão com contas no FGTS. A medida deve beneficiar 30 milhões de pessoas e injetar R$ 30 bilhões na economia.

O governo aposta na liberação dos recursos como forma de estimular o consumo e o crescimento do PIB. Até agora, o mercado espera um crescimento de 0,3% da economia, projeção que ainda não considera as medidas do governo nem os efeitos da invasão da Ucrânia. O Ministério da Economia ainda trabalha com uma previsão de crescimento na casa de 2%.

A expansão fiscal tanto a nível federal quanto subnacional em ano eleitoral e as medidas de expansão do crédito vão atuar como contrapeso ao juro bastante restritivo e ajudar a manter o PIB em terreno positivo”, afirmou Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da RPS Capital.

Não é a primeira vez que o governo recorre à liberação de recursos do FGTS para estimular a economia: isso ocorreu em 2017, durante o governo Michel Temer, e em 2020, no começo da pandemia. Para Leal de Barros, a liberação do FGTS ajuda a colocar mais liquidez na economia, mas muitas pessoas podem guardar parte do dinheiro por precaução.

Outra medida com potencial de estimular o consumo e ainda reduzir a inflação já foi anunciada: a redução de 25% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Ela seria formalizada junto com esse pacote, mas o governo notou que fábricas haviam colocado um pé no freio na produção de bens impactados pelo corte de impostos, à espera do anúncio oficial da medida. Com isso, a equipe econômica acabou antecipando a redução do IPI, que já está em vigor.

Para o mercado de crédito, serão lançadas medidas voltadas para companhias com faturamento de até R$ 300 milhões, em um total de R$ 100 bilhões. Isso se dará por meio da reabertura do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC), ambos lançados durante a pandemia.

Esses programas consistem em oferecer garantias para empréstimos, o que reduz o custo da tomada de crédito. Não há previsão de entrada de dinheiro novo nos programas. A ideia é usar os recursos que foram liberados com o pagamento dos empréstimos tomados ao longo da pandemia.

Outra medida foi antecipada esta semana pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a investidores em Nova York: estrangeiros que adquirirem dívidas privadas (títulos de empresas) no Brasil passarão a ter isenção tributária, numa espécie de equivalência ao que já ocorre no mercado doméstico.

Para o governo brasileiro, é necessário aproveitar uma sobra de liquidez no mercado internacional antes de os bancos centrais começarem a subir juros nas principais economias do mundo, como resposta ao aumento da inflação. O impacto dessa medida está sendo calculado em R$ 450 milhões.

Técnicos do governo avaliam ainda se é necessário compensar a redução desse imposto, assim como se haveria necessidade de compensar a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Esse foi um compromisso feito com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Há um cronograma de redução do IOF, que prevê zerar todas as alíquotas até 2029. A Receita Federal estimou que até 2029 a renúncia fiscal acumulada será de R$ 7 bilhões.

Em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério da Economia também deve lançar medidas voltadas para o meio ambiente, como a estruturação do mecanismo de créditos de carbono.

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