ESPORTE
O pato da história
“Pato” é uma gíria antiga que se usava para designar um jogador de futebol ruim, daquele tipo que não sabe nem para onde o vento está apontando. Não tenho certeza se esse termo ainda é usado com esse significado. Mas sei que existe um novo “pato” no meio do futebol acreano.
E esse “pato” atende pelo nome de Humaitá, time que só perde as que joga nas competições nacionais e/ou regionais. Nesse campeonato da Série D de 2025, até à quinta rodada foram cinco lapadas. O time perde como anfitrião e como visitante. Leva gols pra mais de metro e quase não os faz.
Dessa forma, torna-se a maior “barbada” (outro termo das antigas) apostar contra o time acreano a cada confronto. O retorno pela aposta contra o Humaitá é mínimo. Mas, pelo menos, o apostador não corre o risco de perder o seu suado dinheirinho. É apostar e vencer. O tal “faz e me abraça”.
E a minha possibilidade de “queimar a língua” e errar o meu palpite é quase nenhuma (esse “quase nenhuma” é para dar uma chance ao azar). Veja-se que eu escrevo na manhã de sábado (24), horas antes do jogo entre Manauara e Humaitá, e já estou cravando “coluna um”, tranquilo e calmo.
Aliás, para não dizer que eu sou um velhinho radical, eu até pedi a “ajuda dos universitários” para definir o quanto esse Humaitá que disputa a Série D do Brasileirão é um time sem nenhuma perspectiva (medíocre até a medula) de fazer alguém feliz no diminuto mundo do futebol acreano.
E nessas de pedir a ajuda dos universitários, recebi umas respostas bem contundentes. Caso da opinião do meu irmão mais novo Toinho Bil (ex-lateral do juvenil do Juventus que só fazia gols quando estava impedido). Para o Toinho Bil, esse Humaitá é “mais ruim do que refresco de tabaco”.
Outros que opinaram foram o Braga (caricaturista cearense/acreano hoje exilado em Cassimiro de Abreu, no interior do Rio de Janeiro), o Lula (ponteiro-direito reserva do Bico-Bico, no Independência do final da década de 1970) e o Joraí (zagueiro que mais fez gols contra no futebol do Acre).
De acordo com o Braga, esse Humaitá aí “para ser considerado ruim, ainda vai ter que melhorar muito”. Segundo o Lula, o problema do time é o sistema de jogo, o tal do nove e quinze (só para os lados). Enquanto que para o Joraí, pior do que esse time é somente um copo de “purgante de mamona”.
É isso aí. Agora, depois de ouvir a todos, só me resta ir ali mexer na minha poupança para “fazer a minha fezinha”. Ainda que a aposta contra o Humaitá pague pouco, rende mais do que o que paga o sistema bancário. E é por isso que eu não canso jamais de dizer que “soy loco por ti, América”.