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GOSPEL

Padre e pastor falam sobre Paixão e Páscoa a convite do Acrenews

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O Acrenews chamou duas lideranças importantes do cristianismo cujos sacerdócios são realizados no Acre, para falarem sobre os importantes feriados da Sexta-feira da Paixão e Páscoa. As opiniões deles divergem pouco, mas não deixam de ser interessantes.

Nascido em Borgo a Mozzano, Itália, 1945, Padre Masssimo Lombardi entra no seminário em 7 de novembro de 1957. Foi ordenado padre em Lucca, no dia 28 de junho de 1969, por Dom Enrico Bartoletti.


De 1969 a 1974 ingressou na Freguesia de S. Paolino, em Lucca. Em julho e agosto de 1974 foi a Verona para se preparar para o CEIAL.


Em Verona, no Centro Eclesial Italiano para a América Latina (CEIAL), aprende o português, começa a vivenciar a espiritualidade missionária e a aprofundar a realidade do Brasil.


Desde 1974 o Padre Massimo parte como sacerdote “fidei donum”, juntamente com outros dois colegas, abre a frente missionária da Igreja de Lucca na região amazônica, materializando assim a irmandade da Igreja de Lucca com a ex-Prelazia de Acri e Purus, que mais tarde se tornou a atual Diocese de Rio Branco.


Começou com a paróquia de Santa Inês, passando depois para a Paróquia do Divino Espírito Santo.
Depois mudou-se para a paróquia de Cristo Libertador, onde desceu pelos mais perdidos e pobres dos becos e barracos, “fez uma missão de rua”, com todas as pessoas, crianças e mulheres, homens e idosos, visitando-os e fazendo-os sentir e experimentar o espírito missionário.


Em seguida, subiu à Catedral para enfrentar a nova missão da pastoral urbana, com os novos desafios do centro da capital, Rio Branco.


O último desafio foi a Cidade do Povo.


Ao preparar seus fiéis catedrais, ele também engajou e fascinou outras paróquias para iniciar a enorme missão de evangelizar as pessoas da nova cidade com seus novos e grandes problemas.
O Padre Massimo, depois de cinquenta anos de sacerdócio e quarenta e cinco de Acre, ainda não disse: “Missão cumprida!”


Começou com o Bispo Moacyr Grechi, Bispo de Rio Branco de 1972 a 1998.
Hoje colabora com Dom Joaquim Pertinez Fernandez, Bispo de Rio Branco desde 1999.
Convidado pelo Acrenews para fazer uma sinopse da Sexta Santa, sobre como a igreja romana a ver, ele disse, entre outras, que muita coisa mudou, mas a essência da Paixão de Cristo é a mesma. Veja o que ele disse mais:

Acrenews – A paixão de Cristo ainda é comemorada como antigamente pela igreja Católica?

Padre Massimo – Estamos vivendo o tríduo Pascal, que é formado de três dias, com três celebrações que formam uma unidade: quinta-feira santa, ceia do Senhor, lava-pés, que foi comemorado. Hoje, sexta-feira, comemoramos a paixão e a morte de Jesus. Sábado é véspera da Páscoa, comemorando já a vitória de Jesus sobre a maldade humana, sobre o egoismo, sobre a violência, sobre a morte, porque Ele ressuscitou. São três dias que formam o tríduo Pascal.

Acrenews – Com a pandemia, que lição o cristão pode tirar nesse ferido santo?

Padre Massimo – Essa pandemia, pelo menos o aspecto comercial já foi rebaixado, porque nessa pandemia as preocupações são outras: precaução e defesa e cuidado da própria saúde, da saúde dos familiares. A gente tem aquela situação de medo. É um sofrimento muito grande porque a gente sabe que o vírus é traiçoeiro. Então a gente fica se distanciando. Agora isso é perigoso porque ninguém deve se acostumar depois a viver no individualismo, pensando só em si. Agora quem tem fé sabe que Jesus Cristo continua vivo, vencedor da morte. Ele procama a vida. Só que a vida de Jesus é uma vida verdadeira, plena, não é só uma vidinha egoísta. Na pandemia nós devemos aproveitar para entender que a nossa vida tem sentido se for vivida como partilha, como generosidade, como solidariedade, para construirmos uma cultura de paz. Pelo contrário a pandemia não vai nos ensinar nada. E vai passar em vão, sem produzir frutos. Através das reflexões sobre o evangelho, sobre a paixão, morte e ressurreição de Jesus, uma reflexão que não poderá ser feita nas grandes assembleias ou eventos da igreja, mas uma reflexão e uma meditação feita na própria casa, no máximo acompanhando pela televisão ou pelas redes sociais algumas celebrações. Mas isso para um dia com mais força, vencendo o individualismo aí recebendo aquela vontade de abraçar, de apertar a mão e de ajudar as pessoas menos favorecidas. Então eu acredito que o tríduo Pascal esta semana santa Jesus que morre e ressuscita, que continua no nosso meio, vai nos ajudar demais para plantar aquelas sementes de uma nova sociedade, de novos relacionamentos. Pelo contrário tantas mortes serão em vão, mas a morte de Jesus não foi em vão. Produziu muitos e muitos frutos. Que assim seja!

Pastor diz que sexta da Paixão é só para lembrar de onde veio a salvação

O pastor protestante Francisco Francelino, liderança da igreja Assembleia de Deus no segundo distrito de Rio Branco, descreveu ao Acrenews o que a igreja pensa na atualidade sobre datas como a sexta-feira Santa. Não é dele polemizar, mas ele defende o seguinte: a sexta da Paixão não precisa de nenhuma espiritualização a mais, senão lembrar da morte de Cristo pela salvação da humanidade. Nascido no interior de Cruzeiro do Sul, no Acre, em 1957, o pastor Francelino se mudou para a cidade aos nove anos de idade. Era uma vida de muita pobreza. “Na verdade não era uma vida de pobreza, a gente vivia mesmo uma vida de miséria”, conta. Com o pai doente, aos 12 anos ele era como se fosse o provedor da casa. “Eu fazia de tudo que você possa imaginar para levar algum tipo de sustento para dentro de casa, para ajudar minha mãe, que também fazia algum serviço para ajudar. Não tive oportunidade de estudar. Naquela época fiz apenas o primeiro grau”, conta.


Quando chegou em Rio Branco, em 1995, foi que o pastor concluiu o ensino médio, na base do provão, mas ai veio a grande sacada da vida: foi para uma faculdade, cursar Direito, depois de driblar tantas dificuldades. Foi um dos melhores alunos e logo na primeira tentativa passou no exame da ordem. “Passei na primeira prova que fiz o exame de ordem e me tornei advogado pela graça de Deus. Eu sou de família de descendência indígena. A minha bisavó era india”, segundo ele. Francelino também estudou teologia. Com toda essa bagagem, ele falou mais o seguinte ao Acrenews:

Acrenews – Como a igreja evangélica atual trata de datas como a sexta-feira da Paixão?

Pastor Francelino – A igreja evangélica, por exemplo Assembleia de Deus, ela trata esse dia de hoje, sexta-feira, chamada sexta-feira Santa, como um feriado normal. Apenas usamos esse dia para relembrar que Cristo morreu por nós na cruz do calvário, mas sem nenhum adendo a mais. Nós não usamos esse dia para ficar sem poder fazer nenhuma atividade, não usamos esse dia para auto piedade, para autocomiseração. Vemos esse dia como um feriado normal e com essa observação de que lembramos que o cristianismo comemora nesse dia o dia em que Cristo foi crucificado, deu sua vida por nós. É importante lembrar que Cristo morreu por nós dando a sua vida no calvário para nos salvar de todos os nossos pecados e por isso não deixa de ser uma data que os cristãos devem lembrar com com amor a obra de Deus, com amor ao seu semelhante, mas nada além dessas coisas.

Acrenews – O que a igreja protestante mais crítica em relação ao mercantilismo em datas como a sexta santa?

Pastor Francelino – Infelizmente todos os dias que o cristianismo passou a celebrar com relação a pessoa de Jesus, outros dias têm se tornando datas puramente mercantilistas, né? Por exemplo: agora na Páscoa retiraram o cordeiro que é o símbolo de Cristo morrendo no calvário por nós e colocaram chocolate, ovos de chocolate. O que nós vemos de fato é que o cristianismo tem perdido, a medida que o tempo avança e tem perdido muita sua essência e perdendo a sua essência ele avança muito para o lado materialista, esquecendo-se daquilo que verdadeiramente tem valor e passa a praticar outras atitudes, outras ações que não tem nada a ver com as datas. É só observar a data celebrada por Israel até hoje, claro que de maneira bem diferente daquela que foi original, se lembra ação da Páscoa, que lembrava a saída dos judeus do Egito. Foi morto um cordeiro e o cordeiro era o símbolo da morte de Cristo, simbolizava também Cristo no calvário. Então a medida que o cristianismo foi se humanizando ele foi perdendo o valor das coisas, foi deixando de dar valor aquilo que realmente tem valor para valorizar outras coisas e isso é normal em toda situação, em qualquer situação, não. Quando você deixa de valorizar uma coisa boa, você vai ter que colocar outra no lugar dela e você melhorou você vai escolher ou uma melhor ou vai escolher uma pior. No cristianismo infelizmente tem acontecido isso: as pessoas deixaram o verdadeiro, aquilo que realmente tem valor nas escrituras para seguir as suas próprias linhas, dotes comerciais e assim por diante.

Acrenews – Como o senhor enxerga a pandemia de coronavirus nesse momento e sua relação com os dias ditos santos?

Francelino – A pandemia chegou para diminuir essa farra comercial que fazem nos feriados considerados feriados sagrados. Eu não creio que seja só isso, eu creio que existe algo muito maior por trás de tudo isso, eu creio que esse vírus que está assolando o mundo ele foi um vírus criado com a intenção de fazer exatamente aquilo que ele tá fazendo, mas creio também que tudo isso está registrado nas escrituras, são cumprimento das escrituras para os finais dos tempos. Se formos observar o que tem me chamado muita atenção nesses últimos dias é Daniel capítulo 7. Você vai ver que que está acontecendo hoje parece ser um ensaio daquilo que irá acontecer quando o anticristo vier, aparecer na terra parece ser um ensaio. Mudança de leis e governantes tentando mudar os dias, proibições e mais proibições de tudo quanto é lado, muita confusão na terra. Então se você for ver, existe algo muito maior do que simplesmente essa questão de que o povo precisava dar uma parada, mas o fato é que também o mundo esqueceu de Deus e a Bíblia diz que quando estivermos próximo da vinda de Jesus o mundo vai estar como nos dias de Noé, quando uns comiam, casavam e davam-se em casamento. Ou seja: ninguém lembrava mais de Deus. Então está chegando o fim dos tempos e aí junta-se uma coisa com a outra e Deus, claro, nos fim dos tempos a palavra de Deus está declarando que vão acontecer muitas desgraças, muitas misérias. Isso também servirá como um meio pedagógico para chamar atenção da humanidade para voltar-se para Deus. Certamente essa pandemia tem levado muita gente a se voltar para Deus, porque tem percebido que o fim dos tempos estão aí as portas.

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