Pastor e empresário Matheus Almeida faz reflexão sobre confronto Irã X Israel: “Essa guerra é de quem?”

Essa guerra é de quem?

Matheus Almeida

Israel x Palestina. Irã x Israel. No campo da diplomacia, discursos agressivos e troca de acusações de todos os lados. Parece que 2024 começou com uma briga generalizada. De repente, esquecemos da guerra entre Rússia e Ucrânia não porque ela acabou ou ao menos diminuiu, mas porque foi substituída nos noticiários por uma nova guerra. Melhor dizer no plural: por novas guerras. Algumas tão violentas quanto as anteriores, mas que não rendem a mesma audiência. O Haiti é um exemplo. Uma nação pobre, que ainda mal conseguiu se reerguer de um terremoto mortal e que agora enfrenta mais uma vez as agruras de uma guerra civil. Até mesmo nossa vizinhança que antes era pacífica anda se estranhando. A Venezuela quer um pedaço da Guiana e o Equador troca ofensas com o México. Não bastasse isso, temos a nossa própria guerra marcada pela violência do dia a dia. Todo mundo conhece alguém vítima de um assalto pelo menos nos últimos meses.

Os mais pessimistas vão dizer que o começo do século se iniciou muito pior do que se poderia esperar. Os otimistas dirão que as guerras sempre estiveram aí mas graças a evolução da humanidade, não conseguimos mais ficar indiferentes a tanto sofrimento, por isso ainda há esperança para a humanidade.

A pergunta que eu faço é: será que já não temos guerras demais? A resposta imediata para isso é que mesmo no dia em que tivermos em todo o planeta uma única guerra, ela já é demais. Nenhuma guerra é justificável. O problema é que toda guerra nasce de dentro pra fora. A gente também faz guerra quando não tem paciência ainda que tenha razão. A gente também faz guerra quando evita ouvir o outro lado. A gente também faz guerra quando vê a injustiça ser feita, mas não faz nada. E o que a gente pode fazer? Bom, eu sei, acredito nisso mesmo, que oração é uma ação fortíssima. A fé muda o homem e o homem muda o mundo.

Pensar na paz, ouvir com atenção e falar com calma é uma coisa bem difícil quando se está imerso num mundo em guerra. Mas é o que eu tenho tentado fazer esses dias. Cabe em casa, cabe no trabalho, cabe na rua, cabe no mundo. Cabe até nas redes sociais. Aliás, não tem um lugar que precise mais de paz do que na internet. Conto com você nessa corrente do bem.

Matheus Almeida