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POLÍTICA

‘Pelo amor de Deus não votem em partidos de quem está comemorando porque o Acre pode perder R$ 1 bilhão de emendas’, diz dirigente do PSL na entrevista do feriadão

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O vice-presidente do PSL no Acre, Pedro Valério, fez um apelo aos eleitores acreanos para que, em 2022, não votem em partidos de esquerda, onde estão os dois deputados que foram às redes sociais comemorar o fato de o Acre poder perder R$ 1 bilhão em emendas de relator, Léo de Brito (federal) e Daniel Zen (estadual), ambos do PT. Em entrevista ao AcreNews, Valério disse que essa atitude é covarde visa tão somente desgastar o senador Márcio Bittar atingir o governador Gladson Cameli. O dirigente pesselista também falou de outros assuntos, como a formação de chapas e o apoio que o União Brasil dará a Bolsonaro no Acre, mesmo que a nacional apoie outra candidatura, principalmente se for Lula, do PT. Vamos a entrevista:

AcreNews – Que receita foi usada para transformar o PSL de uma sigla cartorária para um dos partidos mais badalados e mais cobiçados do Acre?

Pedro Valério – A receita foi: falar uma coisa e praticar a mesma coisa, não ter posição dúbia, ter lado. Atuar no campo da ideologia, uma lacuna que há muito desapareceu no Acre, uma vez que os partidos tidos como ideológicos da esquerda – PT, PC do B, se desvirtuaram completamente ao chegar ao poder, abrindo uma lacuna significativa para o surgimento de uma nova linha, de uma nova sigla com atuação pelo viés ideológico. No PSL o tempo inteiro nós fizemos, nós falamos e praticamos as coisas com a mesma sintonia. Outro fator que ajudou significativamente foi o programa e o estatuto do PSL, um partido Liberal Conservador, que tem na sua pauta conservadora a defesa da vida, a defesa da família, a defesa da propriedade, a defesa da livre iniciativa, do empreendedorismo, do livre mercado, a defesa das instituições democráticas, a defesa de um Estado mínimo e eficiente. Todo esse aparato de ideias que é contemplado pelo nosso programa, pelo nosso estatuto, também ajudou significativamente na nossa caminhada.

AcreNews – O PSL é conservador. Isso vai prevalecer para as eleições de 2022? Ou seja: da porta para dentro só entra quem defende pátria, Deus e família?

Pedro Valério – O União Brasil, criado para suceder o PSL e o DEM, traz em seu estatuto e programa todo esse conteúdo Liberal Conservador que já existia no estatuto do PSL. Eu acredito que o candidato que queira disputar a lição pelo nosso partido deva observar esse detalhe para não se tomar um candidato apócrifo, com discurso vazio, pregando algo que distingue totalmente do nosso programa. Eu acho que você ter um alinhamento ideológico com o partido pelo qual você vai disputar a eleição é fundamental para que o seu discurso de campanha tenha um fundamento e, digamos assim, alcance credibilidade junto à população.

AcreNews – O PSL, presidido por Márcio Bittar, fundiu com o DEM, do Alan Rick. O Márcio tem interesse na candidatura ao Senado da Márcia Bittar, sua ex-mulher, e Alan também quer disputar o mesmo cargo. Como isso vai ser resolvido?

Pedro Valério – O senador Márcio Bittar, além de filiado, é hoje o presidente Estadual do PSL no Acre. Ele me sucedeu na presidência depois de três anos à frente da sigla. A decisão de apoiar a Márcia Bittar está originalmente, umbilicalmente, intrinsecamente ligada ao que aconteceu em 2018, quando nós apoiamos a candidatura do Márcio com o nosso segundo voto, já que tinha duas vagas na época. E com a eleição dele a nossa relação de amizade, de cumplicidade, companheirismo, continuo durante todos esses anos, culminando com a vinda dele agora para presidir o partido. Mesmo antes dele vir se filiar ao PSL, o partido já havia decidido em reunião da comissão executiva estadual que caminharíamos com a Márcia Bittar. Não há motivo para mexer no time que tá ganhando. Se a nossa aliança com o Márcio nos rendeu bons frutos, nos ajudou, e Márcio é um senador que orgulho os acreanos e a nós por termos tido participação direta na eleição dele, o mandato dele ter nossas digitais, tem o nosso DNA, então esse é o motivo central para que apoiemos a candidatura da Márcia. Estamos com ela e vamos com ela até o fim. Quanto à questão do deputado Alan Rick, isso será definido no momento oportuno a partir da fusão dos dois partidos homologada pela pelo TSE e que houver a criação oficial da nova sigla, com registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral, toda essa discussão de candidatura ao Senado e também a direção do partido do Acre entrará em pauta e será discutida com a direção nacional e tenho certeza absoluta que com a maturidade do senador Márcio Bittar e do deputado federal Alan Rick, encontraremos o caminho que agrade a todos e que minimize todos os danos que possam advir e que nos mantenha juntos, unidos e coesos na campanha eleitoral de 2022.

AcreNews – Você se gaba de ter muita gente querendo ser candidato pelo PSL, mas ainda tem uma vaguinha por aí?

Pedro Valério – Em verdade eu tenho muito orgulho da chapa que nós conseguimos montar para deputado federal e deputado estadual. O nosso partido tem bons atrativos. É um partido bem avaliado junto à população, um partido muito bem divulgado por ter elegido Presidente da República na eleição passada, um partido que tem muita credibilidade, porque é um partido que tem firmeza de propósito, tem lado e também tem o maior tempo de rádio, o maior tempo de TV e uma participação significativa no fundo eleitoral. Esses atrativos fazem com que pessoas que buscam se candidatar, principalmente os calouros, que nunca foram candidatos, busquem a nossa legenda para disputar as eleições nas chapas proporcionais. Quanto a minha candidatura ela seria uma ferramenta do partido para ajudar aumentar a legenda pelo nome que eu acredito já ter construído junto a sociedade, com o trabalho de fundação do partido nos municípios do interior e também aqui na capital pela minha história de vida, pela militância dentro do partido. A minha candidatura tem o condão de ajudar na legenda para que a gente possa fazer o maior número possível de votos, com certeza, fazer dois ou três deputados federais. Meu nome tá à disposição da direção nacional, da direção estadual do partido. Se o partido entender que eu posso ajudar na chapa de Federal, meu nome está à disposição. Como soldado que sou não posso fugir a luta.

AcreNews – O senhor é candidato a federal pelo que ouvimos no partido, mas sua chapa de federal tem muita gente com bala na agulha, com grana, e aí, vai encarar?

Pedro Valério – Quanto ao poderio econômico eu entendo que uma campanha é uma guerra e cada um usa suas armas. Quem tem poderio econômico que quer usá-lo, use! Eu prefiro o caminho do convencimento. Estou plenamente convencido de que há espaço para uma candidatura de deputado federal pelo viés ideológico, uma candidatura que represente a sociedade como um todo e traga esperanças de uma luta empedernida,  incessante, pela flexibilização do Código Florestal e leis  acessórias, que possa criar um ambiente que favoreça a produção e os demais ramos do agronegócio, pra que a gente possa, futuramente, termos matéria-prima em abundância e com isso possamos atrair as indústrias para se instalarem no Acre e gerar emprego, principalmente para a nossa juventude. Acredito piamente que há espaço para uma candidatura de cunho ideológico, que possa trazer, aglutinar as pessoas que pensam como eu. Ah, sim, ainda há lugar tanto na chapa de estadual como na de federal. Nós montamos uma chapa, mas sob o comando do nosso presidente Márcio Bittar essa chapa pode melhorar. Ela pode ser melhorada se aparecer nomes mais representativos que possam elevar a régua. O nosso objetivo é sempre ter uma chapa mais competitiva e uma chapa que tenha mais projeção eleitoral e, com isso, possa ter mais votos na legenda do partido que possa vislumbrar a conquista de mais cadeiras. Então tanto na chapa de federal quanto a de estadual ainda há espaço para quem queira disputar a eleição pelo União Brasil.

AcreNews – O partido fechou questão quanto a disputa pelo Governo em 2022?

Pedro Valério – Sim! Em diversas reuniões que nós tivemos do partido foi definido o apoio à reeleição do governador Gladson Cameli e o apoio a candidatura da professora Márcia Bittar ao Senado. Isso são decisões já pacificadas dentro do partido. Nós entendemos e defendemos que o governador Gladson Cameli tenha a oportunidade de ter mais um mandato, porque o primeiro mandato dele foi um mandato de arrumação numa casa que estava totalmente desorganizada. O governo do Acre era praticamente uma Torre de Babel, então foi necessário dar um choque de arrumação, colocar ordem na casa, e em seguida veio a pandemia, que desestruturou tudo novamente. Então a gente precisa dar a ele a chance de um mandato mais sereno, mais tranquilo, onde ele possa, efetivamente, realizar obras estruturantes e uma política de incentivo à produção para tirar o nosso estado dessa dependência de tá comprando cheiro verde e vários outros produtos de primeira necessidade que podem perfeitamente ser produzida aqui no nosso Estado.

AcreNews – Quem é Pedro Valério?

Pedro Valério – Eu sou um homem comum, como tantos outros, que nasceu nas barrancas do Rio Mais, mais precisamente no seringal Ceci, município de Tarauacá, que desde os 12 anos de idade é obrigado a trabalhar duro para sobreviver e continua trabalhando até hoje sem pensar em aposentadoria e que tem um sonho na vida: vê o Acre progredir, se tornar um Estado próspero, gigante na produção, um Estado onde haja oferta de emprego, onde os nossos jovens não precisem caminhar para o submundo do crime para ter algum tipo de renda. Que as famílias possam viver em paz, uma sensação de segurança, com sensação de tranquilidade, sensação de segurança alimentar, onde os serviços públicos sejam prestados com mais eficiência e com mais qualidade, onde haja um clima de paz entre as famílias para que a gente possa ter efetivamente mais qualidade de vida. Pedro Valério é um homem temente a Deus, que ama e se dedica a família e ajuda ao próximo indistintamente, procurando sempre fazer o bem sem olhar a quem.

AcreNews – Seu partido fundiu com o DEM, virou o União Brasil e não vai apoiar Bolsonaro. Como vocês vão resolver isso, bolsonaristas como são?

Pedro Valério – Recentemente, quando esteve aqui o primeiro vice-presidente do PSL nacional, doutor Antônio de Rueda, nós dissemos a ele de forma clara, de forma contundente, que, dificilmente uma terceira via encontraria guarida junto à opinião pública junto aos eleitores acreanos. Aqui quem é Lula é Lula, quem não é Lula é Bolsonaro e pro lado do Lula nós não iríamos jamais, porque seria um estupro ideológico para nós e nós jamais faríamos isso, trair nossos princípios ideológicos apoiando a candidatura de um ladrão, ex-presidiário, um condenado, um processado. Jamais faríamos isso aqui no Acre. Então essa foi a nossa opinião. Nós temos uma direção superior em Brasília, mas temos também o direito de expressar o nosso desejo e a nossa opinião e o fizemos.

AcreNews – Pedro, ao menos dois deputados da esquerda, mais um sem número de militares, foram às redes sociais festejar, comemorar, a suspensão das emendas de relator, o que pode gerar uma perda de pelo menos R$ 1 bilhão para o Acre. Como o senhor considera essa atitude?

Pedro Valério – A posição do nosso partido em relação esse tema foi de profunda revolta, profunda indignação. Primeiro porque a emenda do relator não foi instituída por Márcio Bittar, a emenda de relator foi instituída pelo Congresso Nacional, foi aprovada em 2019 para vigência a partir do orçamento de 2020. Pela primeira vez na história do Acre nós tivemos a felicidade, a honra de ter um parlamentar acreano como relator do Orçamento Geral da União. Isso é muito, nós termos um parlamentar acreano como relator do orçamento da Nação na mão e o Márcio Bittar aproveitou muito bem essa oportunidade para carrear emendas para o Acre na ordem de um bilhão de reais. Ele usou o poder que lhe foi conferido para mandar as emendas para os entes federados no Acre. Ele mandou emendas para as prefeituras, ele mandou para o Governo e esses deputados da esquerda tentam induzir a população de que Márcio Bittar possa ter mandado essas emendas para a conta de um amigo, para conta particular dele. Um absurdo! Bem a cara da esquerda, de mentir descaradamente e tiveram a disfarçastes de comemorar a possibilidade desse recurso não vir. Um Estado pobre como o nosso, dependente de Brasília, ficar na iminência de perder um bilhão de reais e nós temos dois parlamentares que ainda tem a coragem de comemorar isso. São pessoas do quanto pior melhor. Pra essa gente o que interessa é um Acre empobrecido, miserável, pessoas dependentes para que eles possam manobra-las nos currais eleitorais. Isso é motivo de muita indignação de nossa parte. Nós repudiamos com veemência e pedimos nesse momento aos eleitores acreanos que não elejam mais nenhum deputado estadual, federal e muito menos senador da esquerda. Essa gente é isso aí que vocês estão vendo, são capazes de comemorar a perda de R$ 1 bilhão de reais, porque eles sabem que se esse dinheiro vir vai fortalecer o governador na próxima eleição e vai fortalecer a candidatura da Márcia Bittar. É bom lembrar que essas emendas são apenas alocadas em favor das prefeituras e do Governo e este, para se habilitar a receber o recurso, vai seguir rigorosamente as instruções normativas do Ministério da Fazenda e do Tesouro Nacional que são amplamente fiscalizadas pela CGU, TCU, MPF e demais órgãos de fiscalização e controle. Na medida em que o senador bota o recurso ele apenas autoriza o Governo a gastar esse recurso. Então os governos estaduais e municipais têm que apresentar um projeto para cada emenda daquela que é criteriosamente analisada pelo Ministério, que só é liberada se o Governo a Prefeitura estiver adimplente. Então realmente a sanha da esquerda por tumultuar o processo, por desinformar a população para tentar confundir as pessoas, não tem limite. Os recursos das emendas do relator foram destinados aos entes federadas, não a empresas de amigos, não a contas pessoais de qualquer parlamentar. Isso não existe. Existem os critérios e são os mesmos para acessar qualquer tipo de emenda, seja ela individual, de bancada ou emenda de relator. Os critérios são rigorosamente os mesmos que o Governo Federal impõe aos entes federadas para acessar esses recursos.

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