CULTURA & ENTRETENIMENTO
Poeta acreano César Félix está na França para divulgar o filme “Un poète en Amazonie”
Eanes Henrique Enes
Um Poeta na Amazônia é um filme sobre o mundo da poesia, que em meio ao desespero da política brasileira, vem apresentar juntamente com os artistas e os indígenas, um contraponto ao mundo da barbárie.
O filme Um POETA na Amazônia, do Cineasta franco espanhol José Huerta está sendo apresentado em algumas cidades na França durante esse outubro e novembro de 2021. Cinco cidades foram escolhidas pela produção do filme: Paris, Toulouse, Rennes, Metz e Fréjus. Serão apresentações especiais de pré-estreia, voltadas principalmente para os colaboradores do filme, cineastas, atores jornalistas, intelectuais e militantes culturais e de direitos humanos.
Confira a entrevista com o diretor para Rádio França internacional:
O filme um Poeta na Amazônia é de autoria do diretor José Huerta, que por três vezes já esteve no Acre somente para trabalhar no Filme. A produção do filme é completamente independente.
Gravado totalmente no Acre, a narrativa acompanha o dia a dia do Poeta César Félix no Café com Poesia. A partir do Café com poesia o poeta traz para o cinema vários personagens do dia a dia do nosso estado, assim também, como suas reflexões sobre o momento atual. O Acre é valorizado no filme também pela sua beleza, a fotografia apresenta ao mundo a cidade de Rio Branco, as reservas Extrativistas, a floresta, as terras indígenas, nossos rios e o Marcado Elias Mansour.
A crítica poética está presente em todo o filme e a poesia não alienada também, características do trabalho do Poeta Acreano.
Três outras apresentações já aconteceram na cidade de Paris. As apresentações contaram com a presença do Poeta Acreano César Félix – principal personagem do filme e do diretor José Huerta, que conversaram com o público, logo após as projeções. Em Paris, uma presença especial veio prestigiar o Filme: Hanna schygulla, a alemã que por muitos é considerada uma das maiores atrizes de cinema do mundo, ícone do cinema Europeu.
O Diretor conta que o filme surgiu do incômodo causado a ele, quando da eleição de Jair Bolsonaro em 2018. Aquela eleição dividiu famílias e amigos, como nunca antes na história do Brasil. Foi esse momento que ele queria registrar, seria muito importante registrar a emoção daquele momento, principalmente entre atores sociais que viviam na Amazônia, que visivelmente estavam sendo atacados por Jair Bolsonaro.
Alguns artistas Acreanos também colaboraram e são destaques no filme: Dona Zenaide Parteira, Brenda Wendy, Brem Souza, Matheus Filgueira, César Farias, Charles Sampaio, as POC’s, Cláudio Jr. e Alessandro Gondim estão brilhantes no filme.
Sobre o filme, afirma César Félix:
“Esse filme é até uma referência para crianças do Acre, pois pode mostrar que dá para apostar na arte e viver bem, com qualidade de vida. A poesia mais abre do que fecha portas. Eu aposto muito na arte como elemento de transformação social para uma sociedade justa e humana”.
A estreia oficial na França será apenas em 2022. O filme será apresentado em janeiro em Rio Branco, e em março começará a ser apresentado para o restante do Brasil e em festivais de cinema.
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