POLÍCIA
Polícia Militar intensifica ações preventivas e repressivas de enfrentamento à alta incidência de furtos no centro de Rio Branco.
Ascom Pmac
Com o aumento considerável da concentração de drogadictos (usuários de entorpecentes), em situação de rua, tem crescido a incidência dos crimes contra o patrimônio, principalmente, de furtos a bens públicos e privados.
Para os criminosos, não basta apenas subtrair os objetos. Por onde passam, deixam um rastro dilapidado dos estabelecimentos violados, com a destruição de vidraças, portas, janelas etc, aumentando ainda mais os prejuízos de comerciantes e lojistas, instalados na região. Sem contar o dano ao erário, quando se trata de bens públicos afetados.
Há de se pontuar que essas pessoas em situação de rua, envolvidas em práticas criminosas, estão nessa condição, não porque não tenham onde morar, mas em decorrência de conflitos familiares, causados pelo abuso de drogas dependência química, abandonam ou são expulsos dos lares pela própria família. Consequentemente, a existência de um número significativo de imóveis abandonados ou que estejam sem uso na região central acabam se tornando abrigo coletivo ocupados provisoriamente por essas pessoas. Destarte, a origem da problemática é uma questão social e de saúde pública e não policial.
No que diz respeito à prática de furto, em especial de fios elétricos, o alto valor de mercado do cobre (componente dos cabos elétricos), em média R$ 30,00 (trinta reais) o quilo, torna o metal ainda mais atrativo e cobiçado para os drogadictos de rua, aumentando ainda mais inclinação desses indivíduos a cometerem delitos para manter o vício em crack, o que agrava muito mais a problemática.
O crime de furto é um delito de oportunidade, em que o perpetrador vive nas ruas e, por isso, tem toda vantagem a seu favor, uma vez que o policiamento ostensivo é serviço de emergência e por diversas vezes, necessita interromper o patrulhamento para atender ocorrências policiais das mais diversas naturezas. Diante disso, o policiamento tem maior dificuldade para flagrantear, de forma mais contundente, a prática do delito, uma vez que não há predileção, os alvos das ações criminosas são atacados aleatoriamente.
Outrossim, vale ressaltar que nos períodos da noite e madrugada as viaturas abordam em média 30 (trinta) drogadictos na subárea central. Além disso, entre os objetos que costumam ser recolhidos com eles estão: alicates, barras de ferro, facas e martelos. Com esses objetos eles extraem fios, tanto da rede elétrica pública, como também dos comércios e, assim, mantém o vício.
Os flagrantes não têm nenhum resultado prático, pelo contrário, o tempo que equipes perdem na delegacia entre a confecção dos boletins e aguardando os demais encaminhamentos da Polícia Judiciária, só amplia as possibilidades de que outros usuários cometam os delitos. Ressalte-se que os drogadictos, compreendem recentemente a uma faixa etária cada vez mais jovem, com a presença cada vez maior de mulheres.
Por fim, convém pontuar que nos últimos 9 dias, ou seja, entre os dias 25 de março e 4 de abril, foram registrados 23 (vinte e três) furtos na região central, através do CIOSP (190). Dentre esses registros, em 8 (oito) situações distintas, houve a prisão dos autores e a condução deles à Delegacia de Flagrantes. Dos indivíduos conduzidos, apenas 1 (um) não era morador de rua. No que concerne à totalidade dos registros, em 18 (dezoito) aparece a expressão “morador de rua”, no histórico da geração da ocorrência, apontando esse tipo de indivíduo como autor do crime.
Neste curto período, um mesmo indivíduo foi preso em flagrante pela Polícia Militar e, menos de 24 horas depois, foi preso novamente pela mesma prática criminosa também pela Polícia Militar. Tendo o autor sido liberado após uma segunda prisão, foi flagrado pelo sistema de monitoramento de um estabelecimento já numa terceira ação delitiva de furto. Um outro indivíduo foi preso novamente 48 horas depois de ter furtado uma agência da Caixa Econômica Federal, desta vez, fios elétricos furtados possivelmente do Mercado Velho.
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