ACRE
Presidente da Fundação Hospitalar fala em entrevista ao AcreNews que tipo de mudanças estão sendo processadas para humanizar mais a unidade
Evandro Cordeiro para o Acrenews
Quando foi idealizada e construída pelo então governador Flaviano Melo, entre 1986 e 1999, a Fundação Hospitalar do Acre era o que havia de mais vanguarda na saúde da região Norte. A explosão populacional daquela década elevou a demanda no setor de saúde nas mesmas proporções. Foi um achado administrativo, diziam a época aliados e até críticos do governo. Passado o tempo, como é natural, tudo vai ficando deficitário e a velha Fundação não seria diferente. Ao invés de solução, chegou um dado momento em que essa unidade de saúde virou problema. Suas filas intermináveis e o mal atendimento passaram a ser marca registrada. Eleito governador, o engenheiro civil Gladson Cameli, cujo coração mole a população já conhece, tratou de buscar uma solução para mudar esse quadro. Aos poucos, em dois anos, mesmo com a surpreendente pandemia algumas coisas mudaram.
Com o atual presidente, João Paulo Silva, um administrador serelepe, daqueles que chegam as quatro da manhã e só sai da Fundação tarde da noite, pintou um choque de mudanças. Ainda não está nem perto do que querem alcançar ele e o governador, mas a trilha está sendo feita. O foco é humanizar o tratamento para superar aquilo que ainda falta em termos de espaço físico e material. É com esse comandante João Paulo que o AcreNews bateu um papo, na “entrevista de fim de semana” do site, uma marca registrada nossa.
Vamos conhecer um pouco sobre o que João Paulo e sua equipe vem fazendo na Fundação?
AcreNews – A Fundação Hospitalar volta a assumir seu papel 100% depois do arrefecimento da pandemia do coronavírus?
João Paulo – É interessante notar que a Fundhacre tem se esforçado para reestabelecer os atendimentos clínicos desde abril, tendo em vista a necessidade de acolher o usuário do SUS e prestar assistência médica e de qualidade.
AcreNews – Presidente, houve e ainda existem algumas críticas sobre o serviço prestado pela fundação. Sua gestão está enfrentando isso de que forma?
João Paulo – A direção da presidência e os colaboradores internos respondem prontamente toda e quaisquer sugestão ou critica a respeito do trabalhado desenvolvido, pois esta gestão tem a ênfase em escutar e contribuir com a saúde e isso se faz mostrando o trabalho e os processos do trabalho, sobretudo neste mês de setembro, com a retomada dos mutirões no interior.
AcreNews – As cirurgias voltaram a todo vapor. Como o senhor reorganizou isso?
João Paulo – A Fundhacre e a Sesacre são parceiras, alinhamos propostas, e a organização foi sendo realizada com os esforços de cada instituição, a partir de um planejamento estratégico para atender os pacientes.
AcreNews – O governador Gladson Cameli andou elogiando a Fundação essa semana, após o mutirão organizado por sua gestão. O que ele viu por aqui?
João Paulo – Nossa gestão é trabalho, nosso sobrenome é atenção ao paciente, estamos atentos as necessidades dos pacientes do SUS. O governador observou isso, a nossa dinâmica de trabalho é focada na união e resiliência.
AcreNews – Como tem sido o tratamento com os pacientes, principalmente esses que vem para ser atendidos no mutirão?
João Paulo – O atendimento é caracterizado pela escuta, o processo de acolhimento diz muito sobre a saúde humanizada, isto é, aquela que está voltada para um atendimento com empatia e solidariedade com o sentir e sofrer do outro, e é desta forma que recepcionamos os pacientes, com cuidado e atenção.
AcreNews – Qual seu objetivo na presidência da Fundação?
João Paulo – A gestão tem trabalhado conforme preconiza a lei, sobretudo as normas elencadas na Constituição Federal. Os colaboradores na Fundhacre trabalham de modo respeitoso, com ênfase no trato humanístico, destacando também ações e projetos para beneficiar a população Acreana.
Nosso foco é o respeito a vida humana, e para isso trabalhamos com união e zelo. Nosso dever é servir a população, e administrar conforme dita a lei, os recursos e bens que nos é posto para atender os pacientes da saúde Acreana.
AcreNews – O senhor está convidando deputado a deputado a vir aqui, visitar a Fundação. O que tem sido mostrado para a eles?
João Paulo – A pedido do Governador estamos recebendo a Assembleia Legislativa, o parlamento para abordar e falar sobre os serviços que a Fundhacre disponibiliza para a sociedade, e apresentamos nossas ações e atuações na unidade hospitalar.
Nesse sentido, a gestão atual também pede o apoio do parlamento, pois esse tem um papel fundamental na construção de políticas públicas para o povo, além de que os deputados são fiscalizadores das ações de gestão de cada servidor público.
O que é a Fundação Hospital Estadual do Acre e quais suas demandas
A Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) conta com uma estrutura de aproximadamente 106.293,89 m², dados de 2019. O hospital foi criado a partir da Lei nº 930, assinada pelo então governador Flaviano Flávio Baptista de Melo, hoje, deputado federal do Acre, previu a fundação composta por um Conselho Consultivo, um Conselho Deliberativo e uma Superintendência, além de órgãos internos como as Diretorias Clínica, Financeira, Administrativa e do Centro de Medicina Tropical.
E o que a Fundação oferece de forma geral, entre cirurgias, atendimento ambulatorial? (Principais)
A Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) é responsável pela atenção especializada aos povos indígenas, tendo como meios os serviços assistenciais, clínicos e cirúrgicos da unidade hospitalar.
Dentre os serviços cadastrados/habilitados no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), destacam-se: o Serviço de Nefrologia, que realiza procedimentos de hemodiálise, diálise peritoneal e tratamento em nefrologia; o Serviço de Transplantes, que realiza captação de órgãos e transplantes de córnea, rim e fígado, entre outros”.
(Serviço com maior índice de atendimento) A Ortopedia Clínica na Fundhacre objetiva avaliar e diagnosticar as disfunções relacionadas ao sistema musculoesquelético, formado por ossos, ligamentos, nervos, articulações e músculos. Além disso, a especialidade pretende tratar e recuperar as funções laborais do paciente.
O leito de internação hospitalar é destinado a acomodar pacientes de qualquer especialidade cirúrgica, sendo possível a sua subclassificação por especialidade tais como: Buco Maxilo Facial, Cardiologia, Cirurgia Geral, Endocrinologia, Gastroenterologia, Ginecologia, Nefrologiaurologia, Neurocirurgia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopediatraumatologia, Otorrinolaringologia, Plástica, Torácica, Transplante e outros.
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