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RAIMUNDO FERREIRA

Professor Raimundo Ferreira trás à reflexão em sua coluna desta quarta-feira, 28, a convivência, um dilema do mundo atual

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CONVIVÊNCIA

A gente pode até tentar, temporariamente, levar a vida de forma totalmente independente, o que poderíamos denominar de plena liberdade ou vida livre. Inclusive, hoje está até em moda essa questão da carreira solo. No entanto, certamente não conseguiremos suportar, tampouco conviver com essa situação por toda a existência.
Apesar de as relações sociais, em algumas ocasiões, contribuírem até para criar alguns incômodos ou desentendimentos, para viver como seres humanos racionais, se não for experimentando os benefícios, os conflitos, os riscos e até as armadilhas que envolvem a prática da convivência, não teria sentido algum o estágio que realizamos nesse planeta.
Conforme somos sabedores, por exemplo, a unidade mais próxima, onde somos obrigados a conviver no mesmo ambiente por longos períodos, muitas vezes até pela vida inteira e, inclusive, em vários casos, tendo que se moldar a pessoas até de outras origens e outras culturas, é o núcleo familiar. Nessa estreita proximidade, certamente torna-se o local onde usufruímos das melhores alegrias; no entanto, pode ser também o local onde poderão ser gerados muitos conflitos.
Apesar de membros familiares, aparentemente, serem considerados pessoas que deveriam se conhecer profundamente, na verdade, não é bem assim que acontece. Os membros ou agregados de uma mesma família, especialmente os jovens que vão se empolgando com a energia da adolescência, cada um tem sua visão de mundo e, infelizmente, não temos a capacidade para mudar essas pessoas, especialmente para o modo que gostaríamos e/ou que julgamos ser a forma ideal.
Diante dessa situação, infelizmente, não há outra alternativa: nós é que temos que mudar, ou seja, procurar entender, tentar conviver e não confrontar as atitudes, pois a decisão do embate frontal só vai acirrar os ânimos e piorar a situação.
Receita pronta não existe. No entanto, os diálogos bem colocados de parte a parte, as formas de abordagem em momentos adequados, o entendimento de que o mundo é dinâmico e que tudo na vida é dual, sem dúvida, são artifícios que poderão contribuir bastante para que, até mesmo o provocador da rebeldia, possa entender que o caminho mais adequado para a harmonia vem do entendimento e da confiança mútua.
Sobre a convivência entre amigos, da mesma forma, uma das coisas que poderá dificultar a boa convivência pode ser ocasionada pelo mesmo motivo: o fato de que não podemos mudar as pessoas e, assim sendo, temos que cumprir a mesma prescrição de que nós é que devemos mudar.
Os conhecimentos filosóficos, especialmente o estoicismo, afirmam que, na questão da convivência, há coisas que dependem de nós e há coisas que não dependem de nós. Por exemplo, não temos como mudar as pessoas do jeito nem para a maneira que a gente deseja. Isso será uma decisão da pessoa — se ela quer mudar ou não, e em que direção vai ser essa transformação, isso será uma decisão dela. Nós não podemos contribuir em quase nada. Podemos até aconselhar e orientar, mas nada além disso.
Ou seja, a prática, a técnica e a habilidade de não confrontar, saber o momento certo para algumas abordagens, procurar conduzir os assuntos de maneira que torne o ambiente mais leve e sereno, permitindo a participação de todos, pode ser uma boa tática para se conduzir uma convivência sadia entre amigos.

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