Professora lança 2ª Edição da Exposição Abayomis – Homenagem às Mulheres Acreanas, no Museu da Borracha

No próximo dia 24 de julho, no Museu da Borracha, a partir das 14h, a professora Ariady Andrade lançará a 2ª edição da Exposição Abayomis – Homenagem às Mulheres Acreanas. A entrada é gratuita e a exposição ficará disponível por 15 dias para visitação pública. O financiamento é da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, através do edital de Arte e Patrimônio disponibilizado pela Fundação Elias Mansour.

Tendo as Abayomis como uma das principais marcas em sua trajetória, diversas foram as ações que a professora Ariady já desenvolveu nesta temática: oficinas, exposições, palestras e estudos, que levaram ao aprofundamento em suas técnicas, gerando novos projetos e produções. A exposição, produzida com recursos da Lei Paulo Gustavo, inclui 10 bonecas que representam um recorte das identidades culturais acreanas – Ayahuasqueira (Homenagem à Madrinha Francisca Gabriel), Indígena, Rezadeira, Jardineira, Seringueira, Lavadeira, Orixás (Oxum, Nanã, Iansã e Iemanjá), todas protagonizadas por mulheres, marcando o diálogo entre gênero e cultura.

“São heranças e tradições ancestrais que marcaram, e ainda marcam, o encontro entre Brasil e África, com ricas e diversas manifestações, que podem ser vistas e vividas em todas as regiões do nosso país. O Acre, como uma mistura de muitos povos, desde os originários até os diversos migrantes dos ciclos da borracha, também expressa uma grande diversidade cultural, marcada profundamente pela influência negra. Temos aqui as Culturas Ayahuasqueiras e seus rituais urbanos que têm origem na capital acreana. Temos a Capoeira, com atuação permanente e forte através de seus grupos e coletivos. Temos as religiões de matriz africana, com inúmeros terreiros em funcionamento. Temos a música, a pintura, o artesanato e a dança, entre muitos saberes e fazeres que pulsam nas culturas afro-brasileiras, decisivas para a formação das identidades culturais acreanas”, explica a professora Ariady Andrade

Após o período no Museu da Borracha, a exposição acontecerá nas escolas públicas Aguinaldo Moreno e São Francisco II, em datas ainda a serem definidas, permanecendo apenas um dia em cada uma delas. É a oportunidade de levar as Abayomis para a periferia e para a zona rural, ampliando o alcance de público para além do centro de Rio Branco. Serão distribuídos portfólios para os professores das escolas, contendo o histórico do projeto e das Abayomis, contribuindo para a multiplicação das experiências e saberes.

“Este projeto é uma contribuição para a educação étnico racial, sem dúvidas. Ele rompe barreiras e pretende contribuir com o reconhecimento da importância da diversidade na formação da sociedade brasileira, com base nos saberes e fazeres inerentes à cultura afro-brasileira. É importante que essa discussão e que essa pauta seja abordada e a cultura tem esse papel. As Abayomis, além de serem encantadoras, se colocam como elemento de afirmação das raízes da cultura do Acre”, finaliza Ariady Andrade.