Proposta do acreano Enéas Carneiro de construir uma Bomba Atômica no Brasil volta a repercutir

Por Wanglézio Braga / Foto: Reprodução

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou nas redes sociais um movimento de repercussão de uma fala curiosa do acreano, Enéas Carneiro (PL), que defendia a construção de uma bomba atômica pelo Brasil. A fala ocorreu durante entrevista a uma revista em 2002. À época, Enéas disse: “Não para ser usada, mas para que o Brasil se imponha diante da comunidade internacional”. 

Nos últimos dias o trecho dessa fala que também foi defendida durante algumas candidaturas, vem repercutindo e sendo defendida por muitos brasileiros. No Youtube, por exemplo, um vídeo reproduzindo a proposta tem mais de 1 milhão de visualizações.

A mesma defesa de construção de uma bomba atômica pelo Brasil também foi discutida durante um Congresso Mineiro de Municípios. O então candidato à presidência da república pelo PRONA esclareceu que sua intenção não é usar o artefato em um possível conflito, mas sim tê-lo como instrumento de respeito.

“A bomba é um dos elementos de dissuasão estratégica. Com ela adquire-se respeito para impor, por exemplo, o preço dos nossos produtos e nem outras coisas. Não há outra forma de negociação a não ser exigindo respeito e nós não somos respeitados lá fora exatamente porque somos considerados cidadãos de segunda classe”, disse.

Candidato por seis vezes ao cargo de presidente da república, Enéas Carneiro morreu em 2007, no Rio de Janeiro, aos 68 anos. Ele morreu em decorrência de leucemia – tipo de câncer que atinge o sangue e caracteriza-se pela proliferação descontrolada dos glóbulos brancos – enquanto estava no mandato de deputado federal.