POLÍTICA
Vereador de Rio Branco estaria entre investigados na Polícia Federal por fraudes na Prefeitura de Plácido de Castro
Tião Maia
Um vereador eleito pela Capital e com mandato na Câmara Municipal de Rio Branco, cujo nome e partido não foram revelados, estaria entre os investigados pela “Operação Contágio”, deflagrada, na manhã desta quinta-feira 25, pela Polícia Federal, contra a Prefeitura de Plácido de Castro, município da região do Abunã, distante 100 quilômetros de Rio Branco. Outras oito pessoas são também são investigadas e os mandados estão sendo cumpridos na Capital, em Plácido de Castro, em Xapuri e em Abadfia de Goiás (GO).
Todos são suspeitos de se aproveitarem da flexibilização da lei por conta da pandemia do coronavirus para assinar contratos fraudulentos com empresas de fachada, a Prefeitura de Plácido de Castro, município acreano distante 100 quilômetros da Capital Rio Branco, na região do Abunã, entrou no radar da Polícia Federal. Nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira 25/03, agentes da Superintendência Regional da Polícia Federal no Acre estão nas ruas di município executando a “Operação Contágio”, que consiste na investigação de irregularidades em licitações ocorridas no primeiro semestre do ano de 2020. Um vereador em exercício na Câmara Municipal de Rio Branco, cujo nome e partido nçao foram revelados, está entre os investigados com a suspeição de participação no esquema criminoso.
As investigações se deram de forma conjunta com o Tribunal de Contas da União (TCU) no Acre.
De acordo com informações da assessoria de comunicação da Polícia Federal no Acre, um dos contratos investigados, no valor superior a R$ 512 mil, visava a compra de equipamentos de proteção individual (EPI’s) para profissionais da saúde, que atuavam no combate à pandemia causada pelo Covid-19.
De acordo com o que foi apurado até o momento, o grupo criminoso se valeu da flexibilização das regras de contratações criadas pela Lei n. 13.979/2020, para efetuar a assinatura do contrato em questão.
A maioria das empresas consideradas como fornecedoras possuía vários indícios de serem empresas fictícias, comumente conhecidas como “empresas de fachada”, não possuindo sequer sede administrativa e funcionários. A investigação identificou que o grupo criminoso atuou com a participação dos sócios das empresas e de funcionários públicos, inclusive um ex-Secretário Municipal que deveria ser o responsável por prezar pela lisura do procedimento de contratação. Além disso, é também alvo da operação, um vereador em exercício pelo município de Rio Branco.
Uma das proprietárias das empresas investigadas recebeu Auxílio Emergencial, no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais), em data próxima a que apresentava proposta orçamentária de mais de meio milhão de reais.
A operação envolve 40 agentes que estão cumprindo nove mandados de busca e apreensão também nas cidades de Rio Branco Plácido de Castro/AC, Xapuri/AC e Abadia de Goiás/GO.
O nome da operação é referência ao fato de que o objeto de contrato investigado, é justamente a compra de materiais EPI’s, que visam evitar que profissionais de saúde sejam contagiados pelo vírus do COVID-19. Maiores informações, ainda hoje.