CULTURA & ENTRETENIMENTO
Shanenawas iniciam campanha para reformar centro de curas e de reuniões em Feijó
Por Wanglézio Braga / Foto: Reprodução (Arquivo Pessoal)
Indígenas da Aldeia Morada Nova, dos povos Shanenawa, que fica localizada no município de Feijó iniciaram, nas redes sociais, uma campanha de arrecadação de donativos para recuperar o único centro (Shuhuã Vakaynu), local de trabalhos espirituais e de reuniões da comunidade. A estrutura não recebe, há muito tempo, melhorias por causa da falta de mão de obra e das dificuldades de acessos aos materiais. Doações em dinheiro e materiais são bem-vindos.
O Shuhuã Vakaynu é considerado um espaço sagrado para os Shanenawa tendo em vista que é neste lugar que eles se reúnem para realizar os encontros dos mais de 850 habitantes que vivem na aldeia central. Também é campo que os indígenas recebem, todos os anos, vários visitantes que chegam em excursões promovidas por agências particulares e do estado para intercâmbio.
Bruno Shanenawa, representante dos povos Shanenawa e idealizador da campanha, comenta que a estrutura precisa de manutenção e ampliação pois o lugar já ficou pequeno para acomodar tanta gente. Ele ressalta que o povo enfrenta dificuldades para levar materiais da sede de Feijó até a aldeia, pois o único acesso é por barco, o que requer uma logística e gastos adicionais principalmente na época do inverno onde as chuvas estão mais presentes.
“Nós não temos condições de ampliar e reformar por conta das dificuldades de trazer o material para a aldeia. Por isso, precisamos de ajuda, apoio, de doações para renovar a nossa casa. As doações podem ser de materiais como pregos, alumínios, martelos, serrotes, óleo diesel, óleo queimado e gasolina, esse último combustível seria usado no motosserra para retirar a madeira da floresta”, explicou.
O representante comentou à reportagem do AcreNews que a ideia de usar folhas de alumínio na cobertura é para “durar muito, afinal, a palha tem que ser substituída a cada dois anos. Por isso, nós resolvemos fazer de zincão”.
Segundo Bruno, uma folha de zinco, vendida no comércio de Feijó custa aproximadamente R$ 800 reais, sem ter de onde pagar, a aldeia pede ajuda da população. “Nós não vamos fazer de palha por conta da duração delas e também porque estamos realizando o reflorestamento das nossas árvores que dão a palha, aqui na aldeia a gente está evitando utilizá-las para não faltar no futuro próximo”, acrescentou.
Para mais informações sobre o trabalho religioso realizado pela aldeia e também a manutenção do espaço basta entrar em contato com Bruno Shanenawa pelo telefone (68) 992070389. O número também é usado no aplicativo WhatsApp.
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