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PSDB em crise: Último governador tucano, Eduardo Riedel assina filiação ao PP
O PSDB mergulha ainda mais na crise política com a saída de seu último governador eleito em 2022. Eduardo Riedel, chefe do Executivo de Mato Grosso do Sul, oficializou sua filiação ao PP (Progressistas) na última sexta-feira (15), segundo o TSE. Nesta terça-feira (19), já como membro do novo partido, ele participa de um evento com lideranças da legenda no Senado Federal, onde deve anunciar publicamente a mudança.
A saída de Riedel não surpreende o PSDB. Há meses, ele dava sinais de que deixaria o partido para fortalecer sua base visando a reeleição em 2026. Antes de migrar, comunicou oficialmente o presidente da sigla, Marconi Perillo. Cortejado também pelo PSD, o governador aguardava o desfecho das negociações sobre uma possível fusão entre PSDB e Podemos, que acabou não se concretizando por divergências com a cúpula do Podemos.
Na reunião que aprovou a fusão, em junho, Riedel declarou apoio integral à união das siglas. No entanto, com o fracasso da negociação, decidiu pela mudança de partido.
Com sua saída, o PSDB fica sem governadores. Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE) já haviam migrado para o PSD no início do ano. O partido, que já presidiu o país e liderou bancadas no Congresso, enfrenta uma debandada em todos os estados desde as eleições de 2018.
O desempenho nas eleições de 2022 agravou o declínio:
- Menor bancada da história na Câmara;
- Nenhuma cadeira no Senado;
- Ausência de candidato à Presidência pela primeira vez desde 1989;
- Perda do governo de São Paulo, após quase 30 anos de domínio tucano.
A federação com o Cidadania, formada na tentativa de reverter o cenário, também foi rompida recentemente.