POLÍTICA
Presidentes do Peru e do Brasil vão se encontrar em Porto Velho: Acre peleja agenda
Por Wanglézio Braga / Foto: Reprodução
Cotadas para sediar o encontro dos presidentes do Brasil e do Peru, Jair Bolsonaro (PL) e Pedro Castilho (Peru Livre), no próximo mês, as cidades de Brasília (DF) e Rio Branco (AC) perderam espaços para a capital de Rondônia, Porto Velho. A agenda das autoridades confirmada nesta terça-feira (25), por suas respectivas assessorias, vinha sendo ventilada nos bastidores da imprensa internacional há algum tempo.
Naturalmente, Brasília por ser a capital federal deveria ser o local ideal para as tratativas, por outro lado, Rio Branco, por ser a capital do estado que faz fronteira com o Peru, poderia ser uma alternativa, um plano ‘B’. No entanto, a escolha foi Porto Velho. O motivo é simples; por conta de uma poderosa logística e também do suporte que requer para realizar o encontro de dois mandatários.
A sede do governo estadual, o Palácio Rio Madeira, vai ser o local oficial onde Bolsonaro e Castilho vão realizar as conversações. A data agendada é quinta-feira (03) de fevereiro. A escolha por Porto Velho foi recebida com festa pelos políticos locais. O governador Marcos Rocha (PSL) gravou um vídeo ontem exaltando a importância da reunião.
Tal opção não desestimulou o Governo do Acre, que ainda vem enfrentando barreiras para encaixar uma agenda com o presidente peruano. Ao AcreNews a porta-voz do governo, Mirla Miranda, informou que não existe, ainda, um “fechamento” com o Governo do Peru. Ela ressaltou que é de grande interesse do Estado realizar tal diálogo. Questionada sobre os assuntos que deveriam pautar a audiência, Miranda respondeu por alto, manifestações políticas de desenvolvimento econômico e as relações bilaterais de crescimento.
Caso encaixe vaga na agenda do presidente peruano com inclusão ainda do brasileiro, um bom assunto que poderia ser abordado diz respeito às questões imigratórias na tríplice-fronteira (Brasil, Bolívia e Peru) no que tange o bloqueio da única ponte que liga Assis Brasil (AC) e a cidade de Iñapari (MD). Por lá, a situação permanece do mesmo jeito. Quem quer entrar ou sair do Peru não consegue, tendo em vista o fechamento do dispositivo e da suspensão dos trabalhos do posto da alfândega devido a Pandemia.
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