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CULTURA & ENTRETENIMENTO

No Dia Nacional da Cultura, Academia Acreana de Letras empossa dez Imortais

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Foto: Selmo Melo

A Academia Acreana de Letras (AAL) empossou dez imortais que foram eleitos neste ano de 2022. A solenidade de posse aconteceu dia 05 de novembro (Dia nacional da Cultura), às 18 horas, no Teatro da Universidade Federal do Acre (UFAC). O evento solene que contou com o apoio da Universidade Federal do Acre (UFAC) e do Site ContilnetNotícias foi conduzido pela Presidente da AAL, a professora Dra. Luísa Galvão Lessa Karlberg e dos imortais Enilson Amorim de Lima (cadeira 07) e Maria José Bezerra que fez a leitura da saudação aos novos imortais.
Os convidados que fizeram parte da mesa de honra da AAL foram os ex-reitores da UFAC a professora Dra. Olinda Batista Assmar e Francisco Carlos Cavalcante dos Santos(Carlitinho), a jornalista Vania Pinheiro, o vice-presidente da AAL Renã Pontes que, na ocasião representou a Secretária Municipal de Educação a professora Nabiha Bestene, a Chefe da Divisão de Bibliotecas Públicas Claudia Valéria Martins e do vice-Presidente da FIEAC João Paulo de Assis Pereira.
SOBRE A ACADEMIA ACREANA DE LETRAS (AAL)
Fundada em 17 de novembro de 1937, filiada à Federação das Academias de Letras do
Brasil, entidade de Utilidade Pública pela Lei Estadual nº 117 de 19 de setembro de 1967,
registrada no Conselho Nacional do Serviço Social sob o nº 30854/30.
A Academia Acreana de Letras – AAL nasceu no Palácio Rio Branco, em 17 de novembro
de 1937, por Amanajós de Araújo e um grupo de intelectuais da época. Neste 2022
completa 85 anos, no dia 17 de novembro. É a instituição cultural máxima do Estado do Acre. Conta, nos seus quadros, com as personalidades mais importantes no campo das Letras, das Artes e da Literatura. É uma instituição de literatos, historiadores, professores, linguistas, médicos, advogados, jornalistas, antropólogos, pedagogos, juristas, teólogos, artistas. Tem por objetivo principal cultivar, estimular o culto ao idioma pátrio, a produção, a divulgação literária, a pesquisa científica e social no Acre.
Composta por 40 cadeiras de membros efetivos, a AAL tem o mesmo modelo da Academia Brasileira de Letras (ABL) que, consequentemente, segue o trilho da Academia Francesa de Letras. A única diferença é que a Academia Francesa de Letras aceita membros de outros países enquanto que a ABL e a AAL só aceitam escritores brasileiros. Durante estes 85 anos esta brilhante instituição teve 6 presidentes:
1 – Amanajós de Alcântara Vilhena de Araújo – 1937 -1938;
2 – Paulo de Menezes Bentes – 1938 -1967;
3 – Omar Sabino de Paula – 1967 – 1988;
4 – Mauro D’ Ávila Modesto – 1988 – 1996;
5 – Clodomir Monteiro da Silva – 1996 – 2015;
6 – Luísa Galvão Lessa Karlberg – 2015-2022.

O RITO DE POSSE
A posse dos imortais segue um rito semelhante ao da Academia Brasileira de Letras (ABL), iniciado, primeiramente, pela leitura da biografia dos novos egressos e pelo juramento de posse. Os novos imortais são conduzidos por um outro confrade veterano para receberem os seus respectivos certificados e finalmente o colar da imortalidade e, em seguida, proferem seus discursos de posse. Na finalização, um imortal é escolhido para ler a saudação aos novos eleitos e finalmente acontece o discurso final da Presidente da Academia Acreana de Letras (AAL).
OS NOVOS IMORTAIS EMPOSSADOS POR ORDEM ALFABÉTICA
Cezar Negreiros (CADEIRA 37) – É Jornalista e Graduado em filosofia pela Universidade Federal do Acre (Ufac) é autor da coletânea de poesia A aurora, do livro Às memórias de Santo Antonio da Cruz, de Terra: sonho, suor e sangue e de um livro publicado em conjunto com o poeta português Manuel Fonseca, Amazônia: prescrição de um crime.
Geórgia Pereira Lima (Cadeira 36). Graduada em História pela Universidade Federal do Acre (Ufac, 1996), Mestra em História do Brasil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE, 2002), Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (Usp, 2014) e Pósdoutora em Ensino de História pela Universidade Federal do Amapá (UnifAp, 2021), atualmente encontra-se em Estágio de Pós-doutoramento em Ciências das Religiões, na Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Dentre seus livros publicados podemos destacar: fronteiras fluidas, religiosidade e as perspectivas dos lugares (2017); catolicismo e hibridismo interamazônico: símbolos do sagrado no cortejo da “Virgem de Santa Rosa” e na procissão do “Bom Jesus do Abunã” Diálogos sobre História, Cultura e Linguagens.
José Barbosa de Morais (CADEIRA 40) – Graduado em Direito pela UFAC, com pós graduação em Gestão e Estratégia de Segurança Pública, Direito Processual Penal e Direito Processual Civil, Delegado de Polícia Civil aposentado, foi professor por vários anos, tanto no ensino fundamental, como médio e por último superior na UNINORTE e FAAO, escritor com duas obras publicadas (romance regional Viagem ao Seringal, e uma de contos denominada Prossiga Delegado) e outra obra em andamento, esta em poesias. Atualmente exerce também a advocacia. Iniciou seus estudos ainda no seringal, tendo sido orientado inicialmente por seu saudoso pai, que ara autodidata e foi um grande leitor e estudioso.
Kelen Gleysse Maia Andrade (CADEIRA 16) – É historiadora e mestre em letras: Linguagem e Identidade, pela Universidade Federal do Acre. Professora de formação, atuou como Arte-Educadora, professora-formadora e como docente na Educação Básica e no Ensino Superior. Enquanto escritora participou de diversos prêmios literários e antologias, onde se destacam “Mulheres Acreanas” e “Emoções Repentinas”. Publicou quatro livros, dois infanto-juvenis: “Aegypti, a mosquita da floresta” que está em sua 2ª edição, “A menina que cansou de esperar”; e dois livros para um público mais amplo: “Nas fronteiras da ‘terra prometida’: trajetórias de trabalhadores rurais do Alto Acre”, oriundo de sua dissertação de mestrado e “Reminiscências”, obra organizada por Kelen Gleysse e Alessandro Gondim, com os textos classificados do I Concurso Literário da Câmara Temática de Literatura – Prêmio Literário “Florentina Esteves”, publicada em 2021.
Lucicleia Barreto Queiroz (CADEIRA 08) – Professora titular da Universidade Federal do Acre. Licenciada em Educação Física pela Universidade Federal do Amazonas (1976), especializada em Educação Física pela Escola Técnica Federal do Amazonas/USP, Mestre em Educação Física pela Universidade de São Paulo (1991) e Doutora em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. Autora do livro Juventude Lazer e Políticas Públicas no Acre; Coautora do livro Fortalecimento e Desenvolvimento Acadêmico-Científico da Educação Física; tem mais de 50 artigos publicados em periódicos Nacionais e Internacionais.
Milton Menezes Junior (Cadeira 09) – Publicou seu primeiro livro de poesias intitulado Definições, livro este que foi impresso em um velho mimeografo emprestado pela escola que o autor estudava. Em 1992, com a ajuda do então prefeito Jorge Kalume, publicou seu segundo livro de poesias intitulado Pranto Real. Lançamento realizado no restaurante Kaxinawá. No dia 6 de agosto de 2021 o autor publicou na cidade de Xapuri – AC a sua terceira obra, intitulada DUAS FAMILIAS E A REVOLUÇÃO ACREANA. Milton Junior é formado em Administração com Habilitação em Análise de Sistemas no IESACRE, fez especialização em Web Marketing na UNINORTE. Trabalhou como professor de cursos técnicos na área de gestão do Instituto Federal do Acre (IFAC) e do Instituto Dom Moacyr.
MANOEL CORACY SABOIA DIAS (cadeira 14) Licenciado Pleno e Bacharel em Filosofia pela Universidade Federal do Pará. Bacharel em Direito pela Faculdade da Amazônia Ocidental. Bacharel em Relações Internacionais e em Ciência Política pelo Centro Universitário Internacional Uninter. Bacharel em Teologia pela Faculdade Messiânica. Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). Professor Associado I da Carreira do Magistério Superior da Universidade Federal do Acre, lotado no Centro de Filosofia e Ciências Humanas, em Rio Branco (AC). É autor do livro, “A semiótica ou doutrina dos signos segundo John Locke.” Primeiro lugar, na categoria ensaio, no 2º Prêmio Garibaldi Brasil de Literatura Acreana Edição 2009/2010, publicado pela FUNDAÇÃO Garibaldi Brasil na Coletânea Nova Literatura Acreana. Rio Branco (AC).
Pedro Ranzi (Cadeira 21) – Pedro Ranzi, é jurista nascido no Rio Grande do Sul, vive no Acre desde fevereiro de 1969, professor do Ensino Médio e da Universidade Federal do Acre (UFAC) no curso de Direito. Foi Prefeito de Cruzeiro do Sul, ingressou na magistratura em 1988. Presidiu o TJAC, e o TRE AC, assumiu o governo do Acre por 3 vezes. Na atualidade é aposentado como Desembargador. É autor do livro “Vamos Falar o Acreanês, pela editora Edufac. É um dos fundadores do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Plácido de Castro em 1974, criador do Programa de Gaúcho da Rádio Gazeta FM que visa divulgar a cultura gaúcha no Estado.
Rubicleis Gomes da Silva (CADEIRA 05) – É formado em Economia pela Universidade Federal do Acre (2001), mestre em Economia – UFV (2003); doutor em Economia – UFV (2005), Pós-Doutor em Economia – UFJF (2009) e Pós-Doutor em Economia – FGV/SP (2017/2018). Atualmente, é coordenador do curso de Economia da UFAC. Na pesquisa, possui mais de 100 artigos publicados em revistas e congressos, 38 capítulos de livros, 9 livros entre autoria/coautoria e organização. Orientou mais de 120 trabalhos de graduação e pós-graduação. Tutor do Programa de Educação Tutorial – PET do curso de Economia. Coordenador do Programa de Extensão: Atualização Acadêmica e Profissional em Economia, coordenador de aproximadamente, 20 projetos de extensão vinculados à área de economia. É articulista econômico de várias mídias no Estado do Acre.
Ueliton Santana dos Santos (CADEIRA 28) – É Doutor em Arte Contemporânea pela Universidade de Coimbra (2017) – Portugal, Mestre em Ciências pela UFRRJ (2014), especialista em metodologia do ensino da arte (2010), licenciado em artes visuais- FAO (2009), estudou pintura na escola de belas artes de Cuscu Peru (2004). Em 2011 é selecionado para participar da exposição Rumos Itaú cultural e expõe nas principais cidades do Brasil como Rio de Janeiro, São Paulo, Goiânia, Recife com curadoria geral de Agnaldo Farias, em 2012 expõe em Florianópolis no Fórum Mundial de Ciência e Tecnologia, participa em 2013 ainda da exposição espelho refletido no Rio de Janeiro a convite do curador Marcus Lontra.

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