Índios acreanos vibram com o adiamento do julgamento, no STF, do “Marco Temporal”

Por Wanglézio Braga / Foto: Arquivo FEPHAC

A pressão feita pelos indígenas nos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o julgamento do processo do Marco Temporal, ao que parece, surtiu efeito. A corte maior anunciou que ficou para agosto a continuação do que é considerado o ‘julgamento do século’. O anúncio foi feito pelo presidente do STF, Luiz Fux, nesta quarta-feira (30) após mobilização nacional pró-índio.

Durante o dia, indígenas de várias etnias do país protestaram e pediram que a corte julgasse pela continuação da demarcação de terra em vez da tese do marco temporal. Em 2019, o STF deu status de repercussão geral ao processo. Ou seja, a decisão que for tomada pelos ministros será aplicada em todas as disputas semelhantes envolvendo demarcações.

Cerca de 200 índios do Acre, principalmente de Feijó, se juntaram ao movimento nacional. Na cidade, eles fecharam a ponte Joaquim de Souza, na BR-364. O tráfego no local foi liberado por volta das 16 horas de hoje. Nas redes sociais, destaques para lideranças que comemoram o adiamento do julgamento.

“Esperamos vencer essa batalha e evitar que se faça um erro grave com a nossa gente, nosso povo. Mas vamos continuar acompanhando o julgamento”, comemorou uma liderança.