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ESPORTE

Acre perdeu essa semana um amante de nosso futebol, o ex-dirigente do Independência, Hélio Amaral

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Por Na Marca da Cal

A torcida do Independência está de luto. Morreu nesta quarta-feira (2) o ex-dirigente e atleta do clube, o economista Hélio Pereira do Amaral, 78 anos, vítima de ataque fulminante do coração, em Rio Branco-AC.
O corpo do economista foi velado durante essa quinta-feira (3) na capela “Morada da Paz” e foi sepultado no mesmo local no período da tarde. Hélio Amaral era divorciado e deixa quatro filhos.

A vida de atleta na década 1960

Rio Branco – 1966. Em pé, da esquerda para a direita: Tião Lustosa, Nabor, Benevides, Escurinho, Pedro Pereira e Zé Palito. Agachados: Dadão, Hélio Amaral, Jangito, Dadinho e Madureira. Acervo Benevides.

Querido no meio esportivo, principalmente no Marinho Monte, CT do Independência, o então ponta direita amazonense Hélio Amaral iniciou a vida esportiva em meados dos anos de 1960 vestindo a camisa do rival Rio Branco. Na temporada de 1966, ele figurou numa formação estrelada ao lado de craques como Dadão, Jangito, Escurinho e Benevides e mais outros bons jogadores da época.
Logo depois, Hélio Amaral migrou para o Tricolor de Aço, o Independência, clube do coração. Lá jogou com atletas que foram considerados lendas do Independência, como é o caso do paraense Escapulário, do amazonense Palheta, do amapaense Jangito e do acreano Bico-Bico, isso na temporada de 1969, quando o time do Marinho Monte conquistou o vice-campeonato acreano.

Independência – 1969. Em pé, da esquerda para a direita: Pedro Louro, Zé Maria, Praxedes, Raimundinho Kelé, Hélio Pinho e Escapulário. Agachados: Hélio Amaral, Jangito, Mário Duarte, Otacílio e Dimiro. Foto/Acervo Paulo Edson.

Os estudos, a vida de dirigente e homenagem

Na década de 1970, Hélio Amaral trocou as chuteiras pelos estudos e o trabalho. No entanto, o amor pelo Independência era tanto que ele passou a figurar entre os diretores do clube e, posteriormente, assumindo a função de diretor de futebol.

Mesmo afastado nos últimos anos do dia-a-dia do Independência, Hélio Amaral contribuía financeiramente com o clube. O ex-dirigente, ao lado de José Eugênio Leão Braga, o Macapá, e alguns outros abnegados tricolores, durante décadas, realizam a chamada “vaquinha” tricolor, principalmente durante as disputas do Campeonato Acreano.

Na temporada de 2008, Hélio Amaral esteve entre as personalidades esportivas que homenageadas pelo III Prêmio Destaque Esportivo Campos Pereira, em premiação organizada pela Associação do Cronistas Esportivos do Acre (Acea). Na mesma lista de homenageados constavam os nomes de Raimundo Nonato (Pepino), Américo de Melo, Dona Iolanda, Valdemir Canizio, Aldel Derze, Carlos Xepa e Arináua Lustosa Leão.

A vida profissional

Hélio Amaral tinha formação na área de economia, fez parte das fileiras do Banco do Brasil e, posteriormente, da extinta Ceag-Acre, empresa estatal a qual foi nomeado diretor por vários anos. Logo depois, ele foi aprovado em concurso público para o cargo de auditor no Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE) e, posteriormente, aposentou-se pelo órgão fiscalizador.

Na vida política, Hélio Amaral chegou a presidir o PFL, partido que daria origem ao atual DEM.

Ex-craques lamentam a perda; Macapá fala de legado deixado

O ex-meia amazonense Valdir Silva, 72 anos, hoje aposentado e residindo na cidade de Manaus-AM, lamentou profundamente a morte de Hélio Amaral. “O Hélio Amaral era um ser humano excepcional. Um ser humano bastante inteligente e um grande parceiro”, disse Valdir Silva.

O ex-craque Artur de Oliveira também lamentou durante o “Lance Esportivo”, da Rádio Difusora Acreana, programa levado ao ar no início da tarde desta quinta-feira (3), a morte do ex-dirigente. “Estou muito triste com a partida do professor Hélio Amaral. Foi graças a ele e ao Campos Pereira que eu fui contratado para defender o Independência na disputa do Campeonato Brasileiro da Série B. Se eu venci na vida, tudo começou naquele jogo contra o Paysandu, ocorrido em 1991”, lembrou Artur de Oliveira.

Emocionado com a perda do amigo de longas datas, o presidente do Independência, José Eugênio de Leão Braga, o Macapá, disse, através da assessoria de imprensa do clube, que a morte do economista Hélio Amaral irá deixar um grande vazio no Independência, assim como no futebol local. “Só tenho a lamentar pela sua partida, pois durante décadas foi um dos dirigentes mais ativos do Independência, contribuindo com ideais e financeiramente com o clube”, comentou o dirigente.

No primeiro trimestre deste ano, o Independência realizou eleições para o biênio 2021/2022. O presidente José Eugênio de Leão Braga, o Macapá, foi reeleito para o cargo, mas Hélio Amaral, antes vice-presidente do clube (2018/2019), preferiu optar em não disputar o pleito e ficar apenas como um dos conselheiros do clube.

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