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Casal produz 800 kg de polpa de caju por dia durante a safra, abastece o mercado acreano e já pensa em exportação

O casal Paulo e Rosália Mandrotti: sucesso antes do esperado com o cultivo do caju

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Texto e fotos: Evandro Cordeiro

Uma das frutas exóticas do Brasil, cobiçada pelos nutrientes que dispõe e sobretudo pelo sabor, o caju virou exemplo de agronegócio na rica região rural do Vale do Iaco, município de Sena Madureira, distante de Rio Branco 140km. Um casal de empreendedores, Paulo Sérgio Mandrotti e Rosália Mandrotti, decidiu apostar no cultivo a convite do prefeito do município, Mazinho Serafim (MDB). Em quatro anos, dois antes do previsto, eles começam a obter sucesso como prêmio pela ousadia. Direto do ramal do 15, ou ramal do Cassirian, como também é conhecido, por meio do qual é possível o acesso da BR-364 ao rio Iaco, vem 800 kg de polpa por dia para abastecer o mercado de Rio Branco, pelo menos no período da safra, os meses de agosto, setembro e outubro.

O empreendimento do casal Mandrotti é uma espécie de projeto piloto, porque é o primeiro do Acre feito para produção em alta escala, razão pela qual alguns resultados ainda são novidade. Por exemplo: o acreano conhece caju por meio de produção de fundo de quintal, abaixo de artesanal. Com incentivo da prefeitura de Sena, que cedeu o aparato técnico e sua consequente assistência, os resultados são impressionantes. O sucesso no negócio deixou de ser um vislumbre para ser uma realidade. O caju, segundo o doutor em fitotecnia Cristhyan Carcia, responsável técnico disponibilizado pela prefeitura, começa a produzir para gerar lucro a partir dos seis anos, mas no ramal do 15, nas terras dos Mandrotti, o resultado foi precoce. Em apenas quatro anos eles já abastecem o mercado do município e o de Rio Branco, com polpa, com o caju de mesa e com a castanha, já beneficiada, a rigor um negócio praticamente a parte.

Mazinho com o secretário estadual Cirleudo Alencar e o doutor em fitotecnia, Cristhyan Carcia

Segundo a dona Rosália Mandrotti, quem encorajou ela e o marido a investir no negócio foi o prefeito Mazinho Serafim, que também é agricultor raiz. Ele chegou na região de Rondônia garoto e cresceu trabalhando na agricultura, história que faz questão de dar publicidade. “Me orgulho de vir da roça”, diz ele. Quatro anos depois, em meio a uma colheita recorde, os Mandrotti agradecem o incentivo de Serafim. Além de algum lucro, o plantio de caju está mudando a vida de moradores da região do Cassirian. São 15 empregos direto na fábrica, além de dezenas de indiretos, sem contar com outro negócio ligado a mesma cultura, o da castanha do caju, que a empresa dos Mandrotti está beneficiando para abastecer o mercado.

O casal dono do negócio se apropriou do campo onde criavam gado para plantar as mudas. São 17 hectares e cinco mil pés plantados. A produção está superando todas as expectativas. Nesse momento, auge da safra, os funcionários não estão dando conta de despolpar tantas frutas. Eles trabalham o dia inteiro, cada um com sua função.

Além do perfume que o caju lança no ar, quem chega na terra dos Mandrotti ganha outro presente: o visual. Aquela imensidão de cajueiros todos abarrotados de frutas que variam entre as cores amarelo e vermelho, é um negócio encantador. Esse cenário, que atrai também outro tipo de visitante interessado no banquete, pássaros e outros animais silvestres, roedores, perdura três meses: agosto, setembro e outubro. “A gente fica feliz pelo conjunto da obra”, diz Paulo Mandrotti, um homem empreendedor que não tem hora para dormir, nem para acordar.

O prefeito Mazinho com funcionários da fábrica de caju

O prefeito Mazinho Serafim fez essa semana uma visita ao plantio de caju na companhia do secretário de Infraestrutura do Governo do Estado, Cirleudo Alencar. Além de vê de perto o extenso plantio, conversaram com funcionários para medir o grau de satisfação de quem está conseguindo uma renda que não existia até pouco tempo. Os dois voltaram de lá satisfeitos com o resultado e otimistas em relação ao futuro. Cirleudo acredita que o exemplo de Sena Madureira pode ser a centelha que muitos agricultores de todo o Acre precisavam para apostar neste e em outros negócios, altamente lucrativos e cheios de valores agregados. “Melhor de tudo é ver o tanto de gente que está sendo beneficiada com isso. Tendo renda para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas”, disse o prefeito Mazinho Serafim ao AcreNews.

CONHEÇA O CAJU E SEUS NUTRIENTES

O caju é rico em carboidratos, fibras, minerais (como cálcio, fósforo e ferro), vitamina C e complexo B. Para se ter uma ideia, ele tem três vezes mais vitamina C do que a laranja. Enquanto 100 ml de suco desta última contém 60 mg dessa vitamina, a mesma quantidade de suco de caju concentra de 200 a 250 mg e oferece cerca de 47 calorias. “Além do sabor para lá de agradável, o caju apresenta oxidantes importantes para a saúde e tem pouca gordura. Pode ser consumido em saldas, doces e sucos”, explica Roberta Stella.

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