POLÍCIA
Caso Gilcimar Honorato: defesa de policial penal alega problemas mentais e processo é suspenso
O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditória Militar, Alesson Braz, determinou a instauração do incidente de insanidade mental. Com a decisão, a ação penal que apura as circunstâncias do assassinato do vendedor de picolés Gilcimar Silva Honorato, que tem como réu o policial penal Alessandro Rosas Lopes, está suspensa.
O advogado do acusado argumentou que o agente de segurança vem apresentado piora no estado de saúde. De acordo com a defesa são incontáveis os relatos de vozes, visões e delírios de perseguição apresentados por Alessandro Rosas.
Outro fato mencionado é que o policial penal, especialista em armamentos, tentou tirar a própria vida no interior do presídio, ingerindo 60 comprimidos de fluoxetina, medicamento para a depressão e uma cartela de Clonazepam. Ainda no pedido a defesa anexou um relatório médico, no qual descreve que Alessandro Rosas possui quadro psicopatológico condizente com CID-10-F33, 1, ou seja, transtorno depressivo recorrente. Além disso, Alessandro Rosas tem tendências à bipolaridade, diz um laudo psiquiátrico.
Ao analisar o pedido, o juiz Alesson Braz disse, como há dúvida quanto à condição mental do acusado, é necessário determinar a instauração do incidente de insanidade mental. A finalidade do procedimento é saber se o réu era inteiramente ou relativamente incapaz, na data do crime, de entender o caráter ilícito do fato praticado, ou seja, se Alessandro Rosas sabia que estava assassinando uma pessoa.
Para isso, uma equipe de peritos do Instituto de Criminalística terá que responder uma série de questionamentos. Entre eles, se o acusado sofre de doença mental, de desenvolvimento mental incompleto ou retardo. E se por dependência química era o policial penal, ao tempo da ação, inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato.
Até a conclusão do procedimento, com prazo estabelecido de 45 dias, a ação penal que apura a morte de vendedor de picolés Gilcimar Silva Honorato está suspensa.
O ambulante foi assassinado a tiros em dezembro de 2020 pelo policial penal Alessandro Rosas Lopes que portava uma arma do IAPEN. A vítima foi atingida com pelo menos dois tiros pelas costas. O crime aconteceu no Conjunto Esperança.
No mês passado, durante uma inspeção na cela de Alessandro Lopes, foram encontrados um aparelho celular e um videogame.
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