Coluna da Katianny: Distúrbios da pigmentação da pele, e o uso de medicamentos antidepressivos

• Katianny Araújo

A causa de hiperpigmentação induzida por medicamentos varia de acordo com o agente provocador. A hiperpigmentação é o escurecimento da pele, mais frequentemente causado por uma quantidade anormalmente alta do pigmento cutâneo chamado melanina.
Os mecanismos potenciais geralmente incluem acúmulo do mecanismo de ação comum, sendo raro, porém, há medicamentos que podem causar distúrbios da pigmentação da pele, alterando a sua cor.
Quando expostas à luz solar, as células cutâneas especializadas, chamadas melanócitos, produzem quantidades maiores do pigmento melanina, causando o escurecimento ou bronzeamento da pele.
“Em algumas pessoas de pele clara, determinados melanócitos produzem mais melanina do que outros em resposta à luz solar. Essa produção desigual causa pontos de pigmentação, e podem ser conhecidos também, como sardas. No entanto, a tendência para ter sardas, por exemplo, é hereditária”, pontua.
Outros fatores além da luz solar podem causar aumento de melanina em pontos e placas localizados ou em áreas disseminadas da pele.
“Algumas substâncias além da melanina causam o escurecimento da pele, existem medicamentos e metais pesados que podem causar hiperpigmentação e, incluem os seguintes: amiodarona, hidroquinona, medicamentos antimaláricos, antibióticos tetraciclinas, fenotiazinas, medicamentos para quimioterapia contra o câncer, alguns antidepressivos tríciclicos e alguns metais pesados (como prata, ouro e mercúrio, sendo tóxicos)”, alerta a Dra. Katianny Araujo.
Dependendo do medicamento ou metal e de onde ele estiver concentrado na pele, a hiperpigmentação pode ser nas cores violeta, preto-azulada, castanho-amarelada ou ter matizes de azul, prata e cinza. Além da pele, os dentes, as unhas, o branco dos olhos (escleras) e o revestimento da boca (mucosa) podem ficar descoloridos.
Com muitos desses medicamentos, a hiperpigmentação muitas vezes desaparece depois que o medicamento é interrompido, mas pode demorar mais tempo para desaparecer em pessoas que têm a pele mais escura. Às vezes, a hiperpigmentação é permanente, independentemente da cor da pele.
Na maioria dos pacientes o uso dos medicamentos citados, causam reações de fotossensibilidade, e estes devem evitar o sol ou recomenda-se no máximo de dez a quinze minutos, e sempre utilizar o protetor solar adequado, de acordo com seu fototipo de pele, orienta a Biomédica.
Um abraço da KA, e até a próxima matéria!

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• Katianny Araújo é Biomédica e pós-graduada em Biomedicina Estética