Coluna da Rafaela: Uma pausa no tempo

A sociedade vive atualmente o apogeu da tecnologia. Surgem diversas interfaces a cada década que impulsionam a criação de novos produtos, que por sua vez impulsionam novas tecnologias e o capitalismo segue de vento em poupa. Mas há quem diga que novos gênios criadores estão cada vez mais raros e que os produtos de consumimos hoje como novidade, há tempos já fora modelado nas proposições de cientistas dos séculos anteriores… e não tenho certeza sobre nem uma dessas afirmativas, pois ninguém conseguiu explicar como construíram as pirâmides. Mas ainda acho incrível as ferramentas utilizadas para contar o tempo… Ahh, o tempo!!!

‘- Quanto tempo precisa para ir daqui até o buraco negro mais longe, mamãe? Essa foi a pergunta que me fez pensar sobre muitas coisas – não tenho resposta, filho! – respondi. ‘- 150 milhões de anos luz, mamãe, você não sabia? Respondeu meu filho de 5 anos que está debruçado em desvendar os mistérios do espaço.

Mas, que tempo é esse que ninguém jamais pôde experienciar? No início eram manhã e tarde, dias, meses, biênios… Relógio solar, ampulheta, relógio de pulso – peça chave para a invenção de Santos Dumont, o avião – e agora anos luz?

Ainda gosto do relógio cheio de engrenagens e ponteiros que me dá sensação, a cada tic-tac, que existe um espaço vazio entre um segundo e outro… de prolongamento do próprio tempo.

E quanto tempo perdemos, ou desperdiçamos com coisas que não tem importância alguma? E esse tempo não voltará nunca mais. Ou voltará? Faço-lhes essa pergunta por que, de veras, não sei a resposta.

‘O tempo não existe, é uma criação humana para a organização social’ era a máxima presente em minhas perspectivas. ‘O tempo é relativo’ – dizem outros. Mas atualmente físicos propõem uma nova forma de pensar, mostrando que Einstein está correto na teoria da relatividade.

Um relato antigo, sobre o relógio de Acáz, sugere que o tempo pode ser remodelado, remoldado e flexível. Isso torna-se possível com as descobertas recentes. A história fantástica pode ser, quem sabe, a materialização da quarta dimensão – o tempo.

Não consigo ainda te dar detalhes quânticos desses experimentos, dessas descobertas, nem tampouco de como tudo isso acontece, mas de uma coisa eu sei, ainda não inventaram um dispositivo que pudéssemos programar esses saltos no tempo, e temos que encarar nosso amigo, o tempo, de forma linear – nascemos, vivemos e morremos.

Então, não deixe seus projetos na gaveta, faça valer a pena esse instante, o presente. Não delegue aos cientistas a difícil missão de inventar um dispositivo para que você possa parar o tempo até que ganhe alguma batalha. Não temos tempo para viajar até o buraco negro mais distante, mas temos tempo de modelar todo o nosso futuro. Tudo depende de como você usa o seu tempo.