EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO EVANDRO | Agora vamos ver quem tem votos: TSE libera mais de um candidato ao Senado na mesma coligação e Gladson se livra de um problema
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira, por unanimidade, que partidos de uma mesma coligação podem lançar mais de um candidato ao Senado. A nova norma tira das costas do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), um peso equivalente a uma motoniveladora. No palanque dele podem estar, legalmente, além de Mailza Gomes, do mesmo partido dele, o Alan Rick, do União Brasil, e a Márcia Bittar, do PL. Só não se sabe se estes vão aceitar. Alan já teria declarado que isso não daria certo e beneficiaria o candidato da esquerda, Jorge Viana (PT), dono da maior rejeição nessas eleições. Agora, sim, o governador poderá dizer aos aliados: vocês se entendam. Quanto a quem garante que tem votos, essa é a oportunidade de provar.
Andando
“As coisas estão se resolvendo”. Do Alysson Bestene, em Brasília, sobre as seguidas reuniões em andamento desde a última segunda-feira.
Fator jabuti
Conselho de um aliado do governador Gladson Cameli sobre os últimos acontecimentos no Acre: “Ele deve fazer igual ao jabuti, quando o pau cai em suas costas. O bicho espera a árvore apodrecer para poder sair”.
Falta de um grito
Na opinião do deputado Luiz Tchê (PDT), ao retornar de Brasília, o governador Gladson Cameli deveria sentar numa mesa, dar umas duas pancadas e chamar para si toda a responsabilidade. Senão corre riscos de perder a boiada por falta de um grito.
Gratidão
Conversei muito com o prefeito de Plácido de Castro, professor Camilo (PSD). Na maior parte ele é só gratidão ao governador Gladson Cameli pela forma como trata os prefeitos. “Não posso ser ingrato”, conclui.
Luz para a oposição
Com a crise na Saúde, adversários do governador Gladson Cameli têm comemorado o desgaste. Inclusive, a informação é que todos estão fazendo pesquisas. É uma luz no fim do túnel para quem não via saída nenhuma até aqui sobre como vencer Cameli.
Iguais
A esquerda está em festa no Brasil todo com a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro. Já conseguem equivaler o governo Bolsonaro ao de Lula no quesito corrupção, por causa de alguns elementos que atuavam como lobistas em Brasília vestidos de paletó e gravata dizendo serem pastores.
Galinha piroca
Enquanto isso, no Acre, tem deputado da cor de pescoço de galinha piroca se colocando como negro para o TSE.
Eleitoreiro
Tentaram um golpe eleitoreiro na Assembleia Legislativa com a turma do ISE. Não entra ninguém no serviço público sem concurso. E sabe porque os agentes acreditaram? Porque quem quer um emprego acredita em tudo.
Cobiça
Nunca na história do Acre uma cadeira de governador foi tão cobiçada como a atual. Com sede, a antiga oposição chegou ao poder todo mundo querendo a mesma cadeira ao mesmo tempo, impedidos apenas pela física.
Volta sem dinheiro
Quem está de volta a política esse ano é o ex-deputado federal Sérgio Barros. Ainda no PSDB, ele pretende voltar outra vez a Brasília, mas dessa vez, dizem, não estaria disposto a gastar o que gastou da primeira vez, em 1998, para se eleger.
Milícia
Candidato a governador, Petecão (PSD) chamou de ação da “milícia digital” tentar envolver ele na manhã desta quarta-feira ao ministro Milton Ribeiro, preso pela PF, porque este disse no Acre, em evento realizado esse ano, que, se não fosse de outro domicílio eleitoral, viria aqui nas eleições só votar nele.