EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO EVANDRO | Com as insinuações de Jorge Viana sobre possível disputa pelo Governo, repito o que escrevi há uma semana e meia: é blefe!
Jorge Viana (PT) não é bobo, mas pensa que os outros são. A última dele é uma amostra do quão pretensioso é. Insinuou nesta sexta-feira, primeiro, que a se confirmar a chapa Gladson/Márcia, ele disputa o Governo. Quanta arrogância misturada com blefe. O próprio JV sabe que, juntos, Cameli e Bittar são imbatíveis. O primeiro é o “João Sorrisão”, amado pelas pessoas, espécie de pop star acostumado a posar para selfie com o povão, onde chega. Sem contar que, queira ou não a oposição admitir, fez um grande primeiro Governo, ao tomar de conta da pandemia e ainda assim iniciar um número de obras importantes, algumas das quais já reservadas para recordes no Estado em tamanho, custo e importância. Cito a ponte de Xapuri, a ‘capital da esquerda’, cujo maior feito em 20 anos de poder foi reformar a casa onde morou o ‘mártir’ Chico Mendes. O outro, Bittar, é, disparado, o Senador mais importante do Acre em todos os tempos. Além da fluência com que transita no Palácio do Planalto, conseguindo a proeza de relatar o orçamento da União, conseguiu juntar em torno de si um conglomerado de partidos dos quais fluíram as chapas mais competitivas das eleições. Nenhuma aliança vai eleger mais candidatos do que a dele, onde estão concorrentes fortes e com orçamentos nada modestos em siglas como União Brasil, dona da maior cota do Fundão Eleitoral, além de Republicano, PL, entre outras agremiações.
Vai encarar a dupla Gladson/Bittar, arranja pano para as mangas. Jorge Viana não tem. Uma ou outra lembrança dos governos dele, hoje desmascarados por patrocinar a tal florestania, ser perseguidor com servidor público e ter deixado uma geração de rapazes e moças desempregados, por investir em extração de óleo de copaíba e industrialização de pimenta longa. Portanto, quando diz que é candidato pela junção de Cameli com Bittar, JV deixa claro que o bom era os dois rachados. Além do blefe medonho, Viana, que está há dois anos fazendo os seus velhos súditos de bestas, com sua indecisão boçal, irrita um pretenso aliado, o candidato do PSB, Jenilson Leite, que não fechou com ninguém esperando pela ‘estrela’. No fim, Viana vai acabar sendo apenas cabo eleitoral do candidato dele a presidente, uma vez que até a bucha de canhão de 2018, Marcos Alexandre, já disse que não topa mais ser o otário de arraial que bancou há quatro anos. Para o bom entendedor, uma fala é um livro.