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POLÍTICA

Governador espera prefeitos para tomar novas decisões de combate à Covid

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O governador do Acre, Gladson Cameli (Progressistas), entrará para a história, aos 43 anos de idade, como o governante submetido ao maior fardo dentre os antecessores, pelo menos da emancipação do Estado para cá, em 1962. Ninguém, antes dele, herdou tantos problemas e teve que enfrentar um inimigo mundial tão furioso, cujo combate teve que ser improvisado até pelas potências mundiais, o coronavirus.

Filho de família abastada, formado em engenharia Civil, e dono de um bom humor interminável, Cameli tem feito malabarismos para manter entusiasmo e otimismo, uma marca sua.
Desde que matou a primeira pessoa no Acre, em 26 de abril de 2020, a Covid-19 não tem dado trégua. Com recordes de mortes diárias principalmente nos primeiros meses de 2021, o vírus já levou 1.280 vidas acreanas. Apesar de tantas mortes, a população reconhece, pelos números das pesquisas, que o governador tem feito o possível.

Por exemplo: Cameli agiu rápido, quando adiou o início das obras estruturantes planejadas para servirem como cartões postais de sua gestão, em troca da construção em tempo recorde de hospitais de campanha. Em 2020 tomou decisões fundamentais em consonância com a ciência, determinando restrições pesadas. O comércio foi fechado e o acreano sem profissão essencial ficou em casa, mas o resultado final trouxe muita reflexão, principalmente à equipe econômica do governo.


Há quem diga que as restrições não resolveram muito, mas as alas mais progressistas da sociedade são mais radicais. Bateram o martelo em favor do fecha tudo e fica em casa. O Ministério Público tem se posicionado sugerindo restrições pesadas, enquanto as entidades representantes da indústria, do comércio e dos autônomos defendem algo mais equilibrado, em favor da economia. A Associação Comercial do Acre, presidida pelo empresário Marcelo Moura, reconhece o esforço do governador na tentativa de equilibrar, mas pede mais flexibilização.

O governador chamou todos à mesa.
As restrições mais severas dos últimos finais de semana colocaram o governador em mais um imprensado. O fechamento dos supermercados levantaram questionamentos mais diversificados nas redes sociais.

Gladson Cameli tem sido muito criticado. Ele reage sempre da mesma forma há um ano, mas dessa vez deu uma guinada. Disse ao Acrenews que não levará mais, sozinho, tão pesada cruz. Resolveu o seguinte: semana que vem decidirá como será nosso comportamento diante da pandemia somente depois de ouvir os prefeitos e representantes do comércio e da indústria.


“Estou esperando a resposta que encaminhei para os prefeitos, consultando eles. Eu pegando essa consulta que fiz aos prefeitos e aos presidentes de associações comerciais, ai é onde eu vou decidir se acato a recomendação do Ministério Público para que essas decisões fiquem a cargo do Comitê anti-Covid. Lá tem várias instituições participando”, disse agora há pouco por telefone.

Ministério Público sugere novas medidas e governo acaba de divulgar nota a respeito

NOTA

Sobre a recomendação do Ministério Público do Acre, o Governo do Estado esclarece:

A recomendação será atendida pelo governador Gladson Cameli. Ou seja, o governador irá encaminhar para o Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 (CAECOVID) para a devida recomendação de reavaliação do cenário da pandemia no estado.


Frisamos que o documento do MP não impõe definir de imediato qualquer ação, qual seja “lockdown”, mas de provocar o comitê, como segue abaixo:


“O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Gabinete de Gerenciamento e Enfrentamento à Crise da Covid-19, expediu nesta quinta-feira, 1, uma nova recomendação ao Governo do Acre que dispõe sobre a necessidade de o Estado provocar a manifestação do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, a fim de discutir, avaliar e propor medidas atinentes à pandemia.


A medida é em razão do aumento de casos casos, internações clínicas em UTI e dos óbitos, bem como em razão do cenário epidemiológico relacionado aos vírus respiratórios e, também, à Covid-19.  
O MPAC pede que o governo submeta o teor da recomendação imediatamente à apreciação do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, a quem incumbe normativamente auxiliar o Estado nas matérias relacionadas à pandemia. 


Recomenda, ainda, que leve em consideração critérios técnicos e científicos, a fim de discutir, deliberar e propor medidas atinentes à pandemia condizentes com os cenários ilustrados no documento, isto é, os quadros crescentes do contágio, da pressão sobre leitos clínicos e de UTI, e de óbitos.”

 Governo do Estado do Acre

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