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Músico de Rio Branco vai pela primeira vez a Cruzeiro do Sul, se encanta com a beleza da região e jornal faz “diário” dele virar notícia

“A gente sente Deus perto da gente, é maravilhosa essa terra, Cruzeiro do Sul, é um paraíso perdido”

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No final da tarde da última quinta-feira (04) o cabeleireiro e músico Marcos Bandeira, que mora em Rio Branco e está em Cruzeiro do Sul em sua primeira visita ao município estava encantado com o balé das andorinhas no centro da cidade. “É mágico aquilo ali né? Vou guardar de recordação porque foi um momento muito legal esse processo de migração delas”, diz admirado.

Marcos fez um vídeo e distribuiu nas suas redes sociais para que seus amigos apreciassem as belas coreografias do bando de andorinhas que se preparavam para se aninhar nos fios da rede elétrica para dormir. “Para onde vão durante o dia?”, pergunta. São centenas de milhares, né? Estava doido para ver e registrar a saída delas de manhã”, ressalta.

Uma observação feita pelo músico foi que pela manhã passou no local onde ficam as andorinhas e tinha muita sujeira que precisa ser limpa para não causar riscos de doenças nas pessoas. “Na manhã estava um cheiro insuportável no local e ainda questionei o pessoal do local porque eles não lavam com água sanitária. É preciso lavar todo dia”, avalia.

Músico há mais de 25 anos Marcos Bandeira é estudante de inglês e trabalha como cabeleireiro em Rio Branco onde também desenvolve projetos sociais com crianças do Educandário Santa Margarida e com velhinhos do Lar dos Vicentinos. Ele lembra que com a pandemia parou todas suas atividades e comemora o atual momento de volta ao batente.

“Na pandemia acabou tudo, inclusive a música. Estou tentando voltar agora. Para os músicos foi um problema muito sério. Para todo mundo, né”, pondera. “Se tivesse que sobreviver de música a coisa ia ficar séria, a gente praticamente não recebeu nada e nenhum apoio das fundações de cultura, mesmo com as leis de incentivo, poucas pessoas se beneficiaram”, avalia.

Marcos agradece a Deus por sua profissão de cabeleireiro e lembra que começou na profissão quando tinha 15 ou 16 anos e iniciou de forma muito simples como também foi com a música. “Comecei essas duas carreiras, foi tudo paralelo. Nunca parei, só agora na pandemia, porque ela veio e jogou todo mundo no chão, deixou todo mundo de joelho”, avalia.

Depois de receber vários convites para conhecer o vale do Juruá ele sempre postergava por conta do trabalho em Rio Branco, mas agora ele despertou, montou o salão de beleza na própria casa, não paga mais aluguel e teve a oportunidade de pegar a BR-364, que na sua avaliação está em péssimas condições numa mostra de que quase R$ 2 bilhões foram mal investidos.

“Cara, misericórdia, a viagem pela BR-364 é uma coisa de epopeia, meu Pai do céu. A estrada, na verdade, está um queijo suíço. Você sai de um buraco e cai em 10. Minha Nossa Senhora, é de arrepiar porque a gente viu a quantidade de dinheiro que foi mandado para concertar essa estrada e a gente não sabe onde foi parar essa verba toda”, comenta.

Antes de conhecer Cruzeiro do Sul Carlos Bandeira conheceu São Paulo, Brasília, Ceará, parte do nordeste e agora quer conhecer o Acre. “Estou encantado com Cruzeiro do Sul, é um paraíso perdido, não sei se o governo do Estado e a prefeitura já estão tendo a visão dessa grandeza turística da região que tem uma beleza que só se encontra por aqui”, disse.

Mas, o músico, que passou uma das tardes desta semana no Igarapé Preto ficou decepcionado com a sujeira e o problema de degradação causado pela empresa construtora da rodovia que não teve os cuidados necessários e muita lama foi parar no leito e na praia do balneário que tem uma beleza única, mas na sua avaliação precisa ser melhor cuidado.

Sobre a degradação que viu no Igarapé Preto o músico lembra que em Rio Branco aconteceu a mesma coisa com o Igarapé São Francisco que teve suas margens invadidas por construções e hoje é um esgoto a céu aberto. “As autoridades cruzeirenses precisam saber da experiência da capital da ação humana contra a natureza para não deixar se repetir aqui”, avalia.

A Biblioteca Padre Trindade deixou Carlos encantado. “É de primeiro mundo, uma riqueza, não deixa nada a desejar para a da capital, ela é magnífica”, diz ao ressaltar que também ficou maravilhado com a Catedral de Nossa Senhora da Glória e suas artes sacras.

“É gigante, muito linda, fiquei sabendo que a arquitetura é alemã. É uma obra prima única, meu Deus”, enfatiza. Outros pontos turísticos visitados pelo turista da capital foram o mercado do peixe e o Caís do Porto onde fez várias fotos. O encanto ficou também pelo Rio Crôa e uma observação foi por conta do alto preço da alimentação.

Uma curiosidade do músico e cabeleireiro é de conhecer o veneno do sapo Kambô. “Dizem que é medicinal, tenho vontade, mas ainda não sei se vou ter coragem na hora”, diz entre risos. “Dizem que é uma toxina muito forte”, avalia ao destacar que com certeza vai querer voltar. “Com certeza é vou querer voltar, eu amei Cruzeiro do Sul”, destaca.

Na próxima viagem Bandeira deverá visitar a Serra do Divisor e pela internet já constatou que tem ótimos pacotes e na área uma estrutura muito legal para receber o turista. Marcos retorna ao ponto inicial da conversa que foi o balé das andorinhas que ele fez um vídeo para guardar. “Talvez nunca mais veja outra coisa igual, um fenômeno da natureza”, enfatiza.

Pelas suas redes sociais o músico e cabeleireiro está mostrando as belezas visitadas para os seus amigos de Rio Branco e do Brasil. “Eu estou encantado com essa natureza, é algo místico mesmo, muito místico, traz uma energia da natureza, né. A gente sente Deus perto da gente, é maravilhoso. Estou encantado e com as andorinhas mais ainda”, finaliza.

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