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KATIANNY ARAÚJO

Na Coluna de hoje a Dra Katianny escreve: Qual a relação dos níveis baixos de vitaminas no organismo e o transtorno depressivo?

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A depressão é uma das principais causas de incapacidade crônica em todo o mundo e um importante fator de risco cardiovascular, aumentando o risco relativo de doença arterial coronariana, bem como as taxas de morbimortalidade cardiovascular.
Concomitantemente à alta prevalência de depressão, houve uma redução na exposição à luz solar com o aumento da urbanização e do uso de protetores solares, o que levou a uma redução nos níveis séricos de 25-hidroxivitamina D.
Portanto, este artigo tem como objetivo orientar ao leitor e avaliar se há alguma relação, quanto aos efeitos da suplementação de vitamina D na depressão e fatores de risco cardiovascular para contribuir com evidências sobre a influência potencial da suplementação na regulação do humor.
Até onde sabemos, em alguns testes em laboratórios, com base em artigo cientifíco, o primeiro ensaio clínico teve como objetivo testar a eficácia da suplementação de vitamina D na redução do risco cardiovascular e como um adjuvante à terapia da depressão por um período prolongado.
Os resultados contribuirão para a compreensão dos efeitos terapêuticos da suplementação de vitamina D no tratamento da depressão e podem ajudar a orientar políticas públicas direcionadas à suplementação de vitamina para a redução do risco cardiovascular.
A vitamina B12, ou cianocobalamina, por exemplo, desempenha importantes funções metabólicas e neurotróficas. Sua deficiência está associada a distúrbios hematológicos, neurológicos e psiquiátricos.
É relatado o caso de uma paciente com depressão refratária ao tratamento com antidepressivos que melhorou somente após a detecção e o tratamento da deficiência de vitamina B12. Esse relato ilustra a importância de o psiquiatra ou especialista considerar causas secundárias de depressão em casos refratários.
Há na literatura relato de casos que apontam para a propriedade da vitamina B12 de reverter quadros depressivos com ou sem sintomas psicóticos3. No presente relato, o quadro depressivo, até então refratário ao tratamento com antidepressivos, respondeu ao uso parenteral de vitamina B12.
A remissão dos sintomas ocorreu três semanas após o início da reposição de vitamina B12. Com efeito, os sintomas psiquiátricos associados à deficiência de vitamina B12 tendem a regredir após a administração terapêutica da vitamina em um período de uma a quatro semanas.
A vitamina B12 é disponibilizada em alimentos, sendo sua absorção no íleo dependente da presença de fator intrínseco liberado pelas células parietais do estômago. Em humanos, a vitamina B12 é responsável por duas reações conhecidas: a conversão de ácido metilmalônico em succinil-coenzima A e a conversão de homocisteína em metionina.
A deficiência de vitamina B12 poderia, portanto, levar a aumento de ácido metilmalônico e de metionina. Nos casos em que os valores de vitamina B12 se encontram próximos dos limites inferiores dos valores de referência, a dosagem de ácido metilmalônico e de homocisteína deve ser realizada, pois a elevação deles poderia indicar deficiência funcional de vitamina B12.
Causas conhecidas de deficiência de vitamina B12 incluem: dieta deficiente na vitamina; má absorção por uso prolongado de inibidores da bomba de prótons ou de antagonistas histaminérgicos; ausência ou redução no fator intrínseco, como na anemia perniciosa e pós-gastrectomia, enterite ileal, doença de Crohn, ressecção ileal; deficiência de transcobalamina II (transportador responsável por via alternativa de absorção da vitamina).
A propriedade da vitamina B12 e do ácido fólico de metilar moléculas precursoras de monoaminas como serotonina, noradrenalina e dopamina poderia explicar, ao menos em parte, a fisiopatologia dos transtornos do humor associados à sua deficiência. Além das monoaminas, a síntese da S-adenosil-metionina (SAM), responsável por várias reações de metilação no cérebro e com possíveis efeitos no humor, também depende da vitamina B12 e do ácido fólico. Essas vitaminas funcionam como fontes do grupo metil, fundamental para a síntese de metionina a partir da homocisteína. A metionina, por sua vez, é a precursora imediata da SAM. Esta vem ganhando atenção dos pesquisadores no que se refere às suas propriedades antidepressivas.

Dra. Katianny Araújo – CRBM|PA 6444
Biomédica Analista Clínica – Habilitada em Patologia Clínica e Análises Clínicas. Pós-graduada em Biomedicina Estética e Pós-graduanda em Saúde Integrativa.

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