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Mora na Filosofia

Professor Aldo Tavares escreve: “Sinteac e SinProAcre, dois parasitas”

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Aldo Tavares

Em época de eleições, o mais equilibrado seria o sindicato da educação apresentar, a cada candidato a governador e a cada candidato a prefeito, a defesa político-educacional pela leitura e pela escrita na escola pública acriana, onde não existe sala de leitura, onde não existe leitura e onde não existe produção textual entre as disciplinas. No entanto, por ser parasita, o sindicato só reconhece como seu nutriente o aumento salarial do corpo docente, fazendo do Estado e da Prefeitura seus hospedeiros.

O sindicalista é parasita, por isso seu modelo desqualificado de luta educacional permanece o mesmo durante séculos. Sempre no mesmo lugar a sugar seu alimento, o parasita fixa-se em repetitivas palavras para lutar por educação. No Acre, jamais lutou com a finalidade de o aluno ler e escrever muito bem, porque essa luta não é “contra”, mas “com” o Estado e “com” a Prefeitura. Não importa se o governante pertence ao PT ou ao PL, já que lutar por leitura e por escrita encontra-se acima de diferenças políticas mesquinhas. Leitura e escrita são dois princípios universais da escola, e tais princípios faltam à escola acriana.

Não apenas. O sindicato deveria acompanhar e divulgar, ano após ano, o que deputados e vereadores apresentam, ou não, à sociedade sobre a qualidade do ensino público. Deveria ser criado um ranking de políticos que não falam apenas, mas aprovam leis que qualificam a escola pública. Quais são os projetos de Edvaldo Magalhães aprovados, ao longo de tantos anos, em sua “profissão” de deputado? O que deputados e vereadores aprovam para educação? Como reina o mais absoluto silêncio sobre isso, desconhecemos. Se, em nome da educação pública, suas atividades fossem acompanhadas na Assembleia Legislativa e na Câmara de Vereadores, parlamentares deveriam ser reconhecidos e premiados pela sociedade civil, assim como deveriam ser divulgados nomes que não apresentam sequer um projeto ou apresentam projetos ruins.

Sou pessimista, porém! À medida que se satisfaz com o mesmo, isso é a prova de que o parasita não tem inteligência e sensibilidade para buscar o novo, mantendo o Estado e a Prefeitura como seus hospedeiros. Velhas palavras. Velhas práticas. Velhas derrotas. A mesma velha luta que coisifica relações humanas ou que coisifica a vida com suas palavras de ordem.

O parasita é um mal desnecessário, e, em razão disso, os professores não precisam dele; não precisam desse micro-organismo, que, há muitos anos, levou a luta pela educação à morte.

Aldo Tavares, mestre em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

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