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Servidor público apaixonado por carro antigo mantém em sua garagem um Fusca 1979 novinho em folha

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O servidor do Ministério Público Estadual Francisco Machado Lima e Silva, conhecido em Rio Branco como Machado, foi não foi é flagrado dirigindo um fusca táxi nas ruas da capital. O carro, fabricado em 1979, parece que acabou de sair da loja, tão bem cuidado que é. Além do mais, é todo paramentado com os dispositivos de táxi, como a placa luminosa sobre o teto e a faixa xadrez na lateral.

O fusca amarelo caramelizado tem um motor 1.500 original e a única modificação está nas rodas. Machado, seu dono, de tradicional família acreana, que começou a vida na Polícia Civil e depois foi para o Ministério Público, é um apaixonado por carros antigos desde os 18 anos, quando comprou o primeiro carango, um corcel. Machado nunca trabalhou como taxista. Os aparelhos de seu fusca são a manifestação nostálgica dele em relação ao passado ainda recente de Rio Branco, quando o fusca táxi era febre.

Filiado ao Clube do Fusca no Acre, Machado é um dos membros apaixonados pela troca de informações com os colegas e fiel a programação estabelecida pela organização. Nos passeios oficiais e nas andanças que faz nas ruas da Capital apenas nos feriados e finais de semana, Machado é o próprio motorista. Não entrega o volante a ninguém. “Um dia desse meu filho pediu a chave do fusca, eu mandei ele chamar um Uber e paguei a corrida. Meu fusca não empresto nem para eles (os filhos)”, informa o antigomobilista, como são chamadas as pessoas apaixonadas por carros antigos.

CONHEÇA A HISTÓRIA DO FUSCA NO BRASIL

Fusca começou a ser vendido no Brasil em 1950. O carro vinha desmontado da Alemanha e não era montado pela Volkswagen, que ainda não havia se instalado no Brasil. A empresa responsável pela montagem era a Brasmotor. O modelo importado para o Brasil tinha o vidro traseiro dividido em dois.

No ano de 1953 o Fusca deixou de ser montado pela Brasmotor e a Volkswagen assumiu a montagem do carro no Brasil, com peças vindas da Alemanha. O modelo produzido já era o que tinha janela traseira única, oval.

No dia 3 de janeiro de 1959, foi iniciada a produção do Volkswagen Fusca no Brasil, sendo fabricado com peças nacionais em um galpão alugado no bairro do Ipiranga, em São Paulo. A falta de fornecedores de peças fez a Volkswagen sofrer para conseguir atingir o grau de nacionalização de 54% previsto em Lei.

Em 1965 foi o lançado o modelo com teto-solar, que ficou conhecido como “Cornowagen”. Logo o acessório foi rejeitado e muitos proprietários, incomodados com o apelido mandaram fechar o teto. Mudou também as lanternas e a luz de placa.

 Em 1967, o Fusca adotou um motor de 1.300 cc. O vidro traseiro ficou maior e o acionamento da seta foi para a coluna de direção. Foi também o fim do sistema elétrico de 6 volts para a chegada do de 12V.

O novo motor 1500 de 52cv chegou em 1970. Tivemos mudanças na tampa do motor, tampa do porta-malas e para-choques.

O Fusca 1600-S chega em 1975 com carburação dupla e 65 cv, volante de direção esportiva de três raios, rodas aro 14 e painel com marcador de temperatura e relógio.

Em 1984 o motor 1300 deixou de ser produzido. Agora passa a equipá-lo o novo motor 1600, mais moderno, e o carro passa a contar também com freios a disco na dianteira, mais eficientes. A lanterna modelo Fafá passou a ser padrão para todos os modelos.

No ano de 1986 a Volkswagen parou de fabricar o Fusca, alegando que era um modelo muito obsoleto, apesar de ser o segundo carro mais vendido daquela época, atrás apenas do Chevrolet Monza.

Em 1993 a empresa voltou a fabricar o modelo. Foi aprovada, então a Lei do carro popular, que previa isenções e diminuições de impostos para os carros com motor 1.0, e o Fusca e o Chevrolet Chevette L, embora tivessem motores de 1.6l, foram incluídos. O carro vendeu bem, mas longe da meta esperada pela Volkswagen. Em 1996, a empresa deixou de produzir novamente o carro, com uma série especial denominada Série Ouro. A partir daí ele só seria produzido no México. Nesse período, foram produzidos no Brasil cerca de 42.000 exemplares.

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