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Política & Economia

Só ditaduras têm exilados, presos e mortos políticos, escreve nesta quarta-feira, 19, Valterlucio Bessa Campelo

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O assunto mais importante do momento é, seguramente, a decisão do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-Presidente Jair Bolsonaro, de se licenciar do mandato e pedir asilo político aos Estados Unidos da América – EUA, que sempre serviu de refúgio a perseguidos ao longo dos últimos 100 anos. Até o comunista Leon Trotsky tentou ir para lá quando sentiu Stálin no seu cangote.

Para compreender a decisão de Eduardo Bolsonaro é necessário ver o vídeo AQUI, em que ele, serenamente, explica em detalhes a sua motivação. Em síntese, Eduardo Bolsonaro escolhe sacrificar o mandato, ainda que temporariamente, para dar continuidade à luta que empreende em defesa da liberdade no Brasil. Sem meias palavras, ele acusa Alexandre de Moraes e o poder a ele associado, de exercerem de modo tirânico a tentativa de calar a oposição.

Tudo que diz o Eduardo Bolsonaro faz sentido e autoriza a sua decisão. Sob um regime que prende e arrebenta sem justa motivação, que mantém centenas de brasileiros encarcerados e psicologicamente torturados, que mantém preso um deputado federal, que persegue opositores e frauda investigações como no caso de Filipe Martins (AQUI), encomenda criatividade para a confecção de relatório de investigação (ver AQUI) e escolhe um alvo (AQUI), não oferece segurança nenhuma.

Eduardo sentiu o cheiro de cilada nos últimos dias, quando o Ministro Alexandre de Moraes pediu à Procuradoria Geral da República – PGE, com prazo de cinco dias, um parecer sobre um pedido de deputados do PT, de apreensão do seu passaporte. Estranhamente, o Procurador Gonet desobedeceu ao prazo e já 18 dias se passaram. O motivo? Bem, talvez estivesse esperando o momento exato, que seria quando ele – Eduardo – voltasse ao Brasil. Supreendentemente (ou não), nesta terça, horas após o Eduardo Bolsonaro anunciar que não retornaria ao Brasil, o Gonet se lembrou de publicar seu parecer contrário(!) ao pedido. Já à noite, Alexandre de Moraes que não costuma dar bola para quem quer que seja, arquivou o pedido, desmontando a arapuca. Na imprensa dirá que jamais teve a intenção de reter o deputado no Brasil, blá, blá, blá.

Coincidentemente, hoje também circulou na internet (AQUI), a notícia de que o governo Trump está preparando uma artilharia de sanções contra os tiranetes mais empedernidos em ação no Brasil, especialmente localizáveis no STF, Policia Federal e PGE. Ou seja, embora a imprensa brasileira quase toda “ignore” os fatos, ou, melhor dizendo, apoie a ditadura em construção, lá fora eles já estão vendo. O governo americano, que assumiu a tarefa de restaurar a liberdade de manifestação lá e em seu entorno, poderá sancionar autoridades com ações bastante pesadas, como, por exemplo, a Lei Magnitsky, que praticamente enterra financeiramente o indivíduo.

Em entrevistas posteriores à decisão (AQUI) e (AQUI com Jair Bolsonaro), Eduardo Bolsonaro explica todas as suas motivações. Chama a atenção a ideia de que lá de fora é mais viável exercer a luta pela liberdade do que em território brasileiro. Será?

Creio que sim. No Brasil de hoje, com a mídia a favor e os deputados e senadores em sua maioria encabrestados, seja por pendências legais ou por dinheiro via emenda PIX, o consórcio luloalexandrino não tem peias. Ninguém no Brasil é louco o suficiente para peitar o Ministro. Discursos, falas em entrevistas, ações e até petições de advogados estão sendo cercadas pelo olhar tirânico de quem jurou imparcialidade. O sistema está lacrado para perpetuar-se na forma inaugurada pelo chavismo – prende e torna inelegível os oposicionistas, em claro lawfare. Então, resta ao Eduardo Bolsonaro, como exilado, o que comprova a ditadura tupiniquim, buscar apoios internacionais, afinal, o que está em causa são valores universais, são ações ditatoriais que visam transformar o Brasil em campo fértil da vez para a experiência progressista nas américas.

Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS, terças, quintas e sábados no  DIÁRIO DO ACRE, quartas, sextas e domingos no ACRENEWS e, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites.

 

 

 

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