Na escola Glória Pérez, vigilante é acusado de praticar bullying com aluno portador de retardo

Alessandro Silva

O estudante do segundo ano J. E, 17 anos, da Escola Glória Pérez, diagnosticado com a síndrome do X frágil que causa a deficiência intelectual, foi vítima no último dia 23, de bullying, dentro da escola por um vigilante da empresa Vip.

A denúncia foi feita com exclusividade ao Portal Acre News, pela mãe do estudante, a pastora Regiane Maciel.

Conforme relato da genitora, o jovem, sofre constantemente com ataques preconceituosos proferidos por alunos de sua escola, por sua condição intelectual.

Porém, na última terça-feira, 23, o jovem foi vítima mais uma vez, sofrendo dentro do ambiente escolar preconceito por sua condição, agora não por alunos, mas por um vigilante do que trabalhar na escola, prestador de serviços da empresa Vip Segurança.

O crime teria ocorrido logo após o fim do intervalo escolar, quando os o estudante e os demais colegas de sala de aula se dirigiam à sala de informática, e o estudante teria ido até o vigilante em busca das chaves da sala.

“Segundo o meu filho me contou ontem ,ele se dirigiu por volta das 15 horas do dia 23 até uma senhora que cuida das chaves das salas, então ela não estava na escola, ai o meu filho falou assim, seu vip, o professor de Português está pedindo a chave da sala de computadores, aí ele responde meu filho de forma grosseira e saiu atrás do meu filho até onde o professor estava aguardando, então o vigilante da VIP por nome Claudecir, chega ao professor de forma rispidez e diz (professor quando você for mandar alguém pegar alguma coisa peça para uma pessoa com cérebro, e não um perturbado da cabeça”, denunciou a mãe.

Segundo Regiane, ela foi incentivada a procurar seus direitos pelo professor pelos ataques sofridos por seu filho dentro da escola

“Olha, de maneira nenhuma eu vou me esquivar de lhe falar, vá atrás do seu direito. O que ele fez com o seu filho foi muito triste, porque ele teve um preconceito muito grande com o seu filho perante vários alunos e a minha presença como professor. Então, escola é lugar de inclusão social”, disse o professor à mãe.

Maciel conta que a situação foi levada a conhecimento da coordenação da escola, porém sem resolutividade.

“O meu filho e professor foram até a coordenação da escola e para reclamar, só que não fizeram nada, nem chamaram o vigia para saber do corrido”, revela.

Após ver que a situação não seria resolvida, Maciel resolveu registrar um Boletim de Ocorrência e denunciar o caso junto ao Ministério Público do Acre.
“Já procurei o Ministério Publico e fiz a denúncia, também fui na secretaria de educação fiz outra denúncia e ontem estive no 5º DP onde fiz o boletim de ocorrência” revela Regiane.

Emocionada, a mãe faz um desabafo comovente.

“O meu filho tem transtorno mental não é por isso que tem que ser destravado com um lixo um sem cérebro, ou perturbado quero justiça para que o meu filho nunca mais passe por isso, eu estou arrasada, me sinto impotente diante disso, mas vou lutar até o fim pelo meu filho”, diz a mãe em lágrimas.

Ela ainda fez um alerta em relação a essa situação que pessoas com a síndrome e outras possam estar sofrendo.

“Quantas mães mais terá que chora por ver que nem na escola o seu filho tem paz! O meu filho foi totalmente desrespeitado por um cidadão que era pra tratar bem os alunos já que é seu lugar de trabalho”, destacou.

O Portal Acre News, buscou contato com a empresa Vip Segurança e a coordenação da Escola desde a tarde da última sexta-feira, 26, não obtendo êxito. Fica aberto o espaço para que ambas partes possam expor suas versões.