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Política & Economia

O martelo do Trump é o tema de artigo desta sexta-feira do mestre Valterlucio Bessa Campelo, artículista deste AcreNews

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Nesta quinta-feira, 20/03, nos Estados Unidos da América – EUA, os congressistas republicanos Maria Salazar e Rick McCormick, em carta ao presidente Trump, ao Secretário Marco Rubio e a outras autoridades, mexeram no tabuleiro de lá com repercussões no de cá. O negócio é mais sério do que alguns possam imaginar. Senão, vejamos um trecho da carta:

“Moraes não é apenas um problema para o Brasil — ele é uma ameaça crescente aos Estados Unidos. Ele já tentou censurar empresas americanas, suprimir a liberdade de expressão e minar a soberania digital americana. Seu ataque a plataformas como X e Rumble levou a processos judiciais da Trump Media, expondo seu flagrante desrespeito pela lei dos EUA e pelas proteções da Primeira Emenda da nossa Constituição. Em resposta ao processo, Moraes retaliou banindo todos os vídeos do Truth Social em todo o país, impondo multas pesadas ao X de Elon Musk (que anteriormente sofreu multas semelhantes e um banimento total), impondo um banimento geral ao Rumble no Brasil, exigindo que empresas americanas forneçam informações confidenciais de usuários de dissidentes políticos que buscam refúgio nos Estados Unidos e ameaçando um CEO americano com acusações criminais”.

Ora, a deputada americana percebe com clareza que a investida autoritária do ministro do STF em perseguição aos opositores do governo brasileiro, extrapolou os limites do país e foram derrubar muros inexpugnáveis nos EUA, mais precisamente a liberdade de expressão, objeto da Primeira Emenda à Constituição Americana que por lá é respeitada. Em outro trecho da carta, a deputada mostra o caminho para que Moraes seja contido:

“Estou apelando à administração Trump e aos meus colegas no Congresso para que tomem medidas decisivas. Moraes e seus facilitadores devem enfrentar consequências reais, incluindo sanções Magnitsky, proibições imediatas de visto e penalidades econômicas. O Presidente e o Departamento de Estado têm a autoridade para tomar essas medidas, e Moraes deve responder por seus abusos de direitos humanos e ações antidemocráticas. Se não fizermos nada, estaremos sinalizando que os Estados Unidos tolerarão a tirania judicial que ameaça não apenas a democracia do Brasil, mas também nossos próprios interesses nacionais”.

Além de apontar a ofensa aos EUA, a deputada Maria Salazar mostra o martelo que deve ser usado pelo presidente Donald Trump – a Lei Magnitsky, um conjunto de sanções muito rigorosas que praticamente transforma em pária internacional o sancionado, por exemplo: Congelamento de ativos: Os bens e ativos dos indivíduos sancionados são congelados, impedindo que eles acessem ou utilizem esses recursos financeiros. Proibição de entrada no país: Os indivíduos sancionados são proibidos de entrar nos Estados Unidos, o que limita sua capacidade de viajar e realizar negócios internacionais. Penalidades econômicas: Além do congelamento de ativos, podem ser impostas outras penalidades econômicas que afetam diretamente a capacidade financeira dos sancionados. No limite, o sujeito poderá ser impedido de realizar compras com cartão de crédito. Já pensou, não poder pagar o boleto?

Um dado importante em todo esse processo é que no caso da Lei Magnitsky, basta a canetada do Donald Trump para que seus efeitos sejam gerados. Ele vai usar esse martelo do direito à liberdade de expressão? Tomara que sim. É rigorosamente necessário que, assim como acontece normalmente com ditaduras no mundo inteiro, a que vivemos seja enfrentada de fora para dentro também. O primeiro passo para isso é reconhecê-la como tal, sendo essa sanção um sinal evidente de que estamos sob observação do mundo livre. O curso que as coisas estão tomando por cá precisa encontrar obstáculos que façam a nação rever seu rumo e retomar itinerário da democracia.

Não se trata, contudo, de delegar a agentes estrangeiros a solução de nossos problemas. Nem poderíamos. Somos nós e nossas instituições que devem perceber que as forças autoritárias já foram longe demais, que a democracia representativa está sendo solapada por um conluio perverso, não autorizado, gerado internamente como um câncer que obstrui a nossa liberdade, o que significa a morte da nação.

Melhor seria que nem precisássemos gritar por socorro, mas, infelizmente, os canais internos foram todos assaltados, a imprensa foi adquirida por verbas bilionárias e parlamento foi manietado por ameaças, chantagens e ofertas de cargos e dinheiro. O povo está dependendo tão somente de sua própria capacidade de manifestação através das mídias sociais que aquele mesmo conluio pretende interditar. Então, que externamente os grandes atores globais se manifestem e nos ajudem a enfrentar essa tirania vazia de sentido e de moral.

Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS, terças, quintas e sábados no  DIÁRIO DO ACRE, quartas, sextas e domingos no ACRENEWS e, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites.

 

 

 

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