ELEIÇÕES
“Não dá pra comparar o presidente Bolsonaro com um ex-presidiário”, diz candidata Márcia Bittar em série de entrevista especial com candidatos ao Senado
“Sou uma mulher temente a Deus que quer o bem-estar das famílias”, responde sem pestanejar a professora Márcia Espinoza Bittar (PL), ao ser perguntada sobre quem é ela. Mãe da Paula, do João e da Júlia, do casamento com o Senador Márcio Bittar, Márcia é a terceira candidata ao Senado entrevistada pela série puxada pelo AcreNews. Ela deu uma paradinha na hora do almoço para responder nosso questionário sobre o que pretende para o povo do Acre caso arrebate esse mandato de senador que ora disputa. Habituada ao ambiente político há mais de 30 anos, ela responde tudo com desenvoltura.
Vamos a entrevista:
AcreNews – Quem é Márcia Bittar?
Márcia Bittar – Uma mulher temente a Deus, que quer o bem do Estado, progresso e bem-estar para as famílias acreanas. Sou uma mulher que vai defender os interesses do povo acreano no Senado Federal e ajudar o Presidente Bolsonaro nas mudanças necessárias ao país.
AcreNews – Em que momento da sua vida entrou a política no seu coração?
Márcia Bittar – Há mais de 30 anos acompanhei o Marcio em sua carreira. Há décadas participo ativamente da vida política do Estado e em vários momentos fui convidada a disputar cargos eletivos. Mas, tudo tem a sua hora e momento adequado.
AcreNews – Mesmo atuando muito forte nos bastidores em favor da vida política do Márcio Bittar, porque só agora disputar uma eleição?
Márcia Bittar – O Presidente da República, Jair Bolsonaro, deu-me a missão. Você sabe: missão dada é missão cumprida. Hoje, tenho a maturidade adequada e muita vontade de ajudar o Acre e meu país e não vou desobedecer meu líder, o presidente.
AcreNews – Como tem sido para a senhora essa experiência, iniciada na sala do presidente da República há cerca de um ano?
Márcia Bittar – A pré-campanha me permitiu rodar novamente todo o nosso estado, rever amigos e fazer novos amigos. Infelizmente, constatar, também, velhos e persistentes problemas, que precisamos superar. Ver nas pessoas a vontade de progredir, de avançar, de encontrar paz e criar seus filhos para um futuro melhor foi o que mais me motivou. A Fé em Deus todo poderoso me manteve em pé diante de ataques injustos e cruéis que sofri.
AcreNews – As pesquisas mais recentes mostram a senhora embolada com mais dois candidatos no segundo lugar. Em um mês haverá tempo para uma virada, sair desse bolo e ganhar a eleição?
Márcia Bittar – São muitos números e muitas pesquisas. Todo dia uma diferente. O que sei é que não paro de trabalhar e de tentar convencer as pessoas que precisamos de um senado forte que proteja e ajude o Presidente Bolsonaro. Precisamos de uma Senadora cristã e que seja capaz de articular para trazer mais e mais recursos. Há muita obra de infraestrutura para se fazer no Acre. E, também, precisamos formar um exército de parlamentares para lutar contra os ataques aos nossos valores judaico-cristãos.
AcreNews – Entrar na chapa do MDB rendeu positivamente para sua candidatura?
Márcia Bittar – Claro, gosto da turma do MDB, gente experiente. A futura governadora Mara é uma mulher forte e talentosa. Será uma governadora acolhedora, responsável e competente.
AcreNews – A sua candidatura é majoritária, portanto precisa ter toda uma plataforma, se identificar com todas as questões do país e do seu Estado, mesmo assim cada senador tem alguma bandeira. Ou nenhuma. A senhora tem uma bandeira? O agro, a defesa do conservadorismo?
Márcia Bittar – Temos importantes bandeiras. Podemos citar que teremos uma atuação em prol de toda reforma econômica que aumente a liberdade de produzir e amenize a mão forte do Estado, que enxugue o Estado brasileiro para atingir seu ponto de apenas necessário; é a reforma administrativa.
Sou contra todo aumento da carga tributária, pois sou a favor de uma reforma tributária que simplifique, torne racional o sistema e se possível abaixe carga tributária.
Na Segurança pública, queremos rigor como o fim das saidinhas e das audiências de custódia. O policial precisa ser valorizado e o crime não pode compensar, portanto lutarei para aumentar penas, moralizar a execução penal e aumentar a proteção dos policiais e de suas famílias. Por exemplo, penso que seria fundamental para assassinos e estupradores penas maiores e já iniciadas em regime fechado. Qualquer progressão de regime, para um semiaberto por exemplo, só poderia ser permitida após o cumprimento de pelo menos 75% da pena.
Na Educação, lutaremos para que o ensino seja efetivo com os estudantes, que, hoje, aprendem muito pouco nas escolas, como é sempre constatado por inúmeras avaliações nacionais e internacionais. Neste campo, vamos também precisar de uma reforma que tenha os alunos e suas famílias como os principais focos de atenção. Um sistema de ensino é bom quando seus alunos aprendem matérias uteis para suas vidas. Não deve haver ideologias, a escola não pode ser um palanque como uma boa parte da esquerda quer. Também, daremos ênfase ao ensino técnico para qualificar nossos jovens.
Para citar mais uma bandeira precisamos lembrar que nosso estado foi travado e lacrado com a política da florestania, que hoje o PT quer esconder. Precisamos de leis ambientais menos draconianas e que somente servem aos interesses estrangeiros. Precisamos de flexibilização, adequação e dar agilidade às mudanças nas leis ambientais. O Acre precisa crescer e gerar bem-estar ao povo, renda e empregos. Não podemos continuar a ser o segundo estado mais pobre do Brasil.
Ainda, é bom ressaltar que somos a favor da vida e do direito do nascer e existir. Somos contra a legalização do aborto ou sua descriminalização. Vamos atuar em defesa dos princípios e dos valores da família como a base e o fundamento da sociedade. Seremos contra toda proposição que leve ao enfraquecimento e à não proteção da família acreana e brasileira. Iremos defender a manutenção da liberdade de expressão e das práticas religiosas, sem qualquer forma de cerceamento à pregação da Palavra de Deus, expressa nas Sagradas Escrituras e na Constituição da República Federativa do Brasil, sem restrições, por meio dos meios de comunicação ou em ambientes públicos.
AcreNews – Qual o risco que o Brasil e o Acre correm se apostarem no socialismo, na esquerda?
Márcia Bittar – Os exemplos são inúmeros e impedem os brasileiros e acreanos de tomarem essa infeliz decisão. Em primeiro lugar, o candidato do PT, Lula, é um ex-presidiário; não há comparação possível com o presidente Bolsonaro.
A Argentina quebrou e entrou em caos social por causa da esquerda socialista que voltou ao poder. A Venezuela foi destruída, as pessoas passam fome e precisam fugir do país. Obra da mesma turminha que quer o poder de volta aqui no Brasil. No Chile, em poucos meses, a bagunça já começou. Por onde a esquerda passou e passa é só estrago, dor e sofrimento.
Intelectuais calculam que o socialismo no século XX matou cerca de 200 milhões de pessoas. São materialistas que não dão valor a vida e trabalham contra o cristianismo. Vejam o exemplo de agora: o ditador socialista da Nicarágua está perseguindo padres, pastores e fechando Igrejas. Só não vê o mal quem não quer ver.
AcreNews – Em algum momento da campanha a senhora se arrependeu de ter entrado nisso, sobretudo quando foi atacada por causa de suas próprias falas, ou ainda é aquela mesma empolgação inicial?
Márcia Bittar – Jamais! Sigo forte e com a ajuda do povo e de Deus, que está acima de tudo. A missão foi dada pelo Presidente Bolsonaro e, como já disse, missão dada é missão cumprida.