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Depois da expulsão sumária de Fernanda Hassem, PT se prepara para mandar às favas outros dois prefeitos
Evandro Cordeiro
A expulsão da prefeita de Brasileia, Fernanda Hassem, do quadro de filiados do PT, ocorrida de forma sumária, tem razões óbvias, como o fato de ela ter mais visibilidade e ter, claramente, colidido de frente com o ex-senador Jorge Viana, com pescoço mais grosso após a vitória de Lula. Questão de horas e dias vêm aí as próximas expulsões, além de mais dois prefeitos, a de vereadores. Os prefeitos de Assis Brasil, Jerry Correia, e de Mâncio Lima, Isaac Lima, serão convidados a se retirar de forma menos impulsiva. Estão tendo, inclusive, direito a defesa, por nunca terem peitado Viana, mesmo comentando o mesmo crime de Fernanda, apoiar a reeleição do governador Gladson Cameli (PP).
Segundo o presidente da executiva do Partido dos Trabalhadores, Cesário Campelo Braga, existe um rito a ser seguido, assegurando o direito a ampla defesa do filiado até a decisão final. Isso inclui a possibilidade de recursos a instância superior, no caso a direção nacional do PT. “Como a Fernanda foi a primeira a ser notificada dos prefeitos e cada caso é um caso, foi a primeira a ter uma decisão do diretório estadual”, ameniza.
Fato é que, decidido a dar um ‘up’ no partido, a direção do PT trabalhará pelos próximos meses em uma espécie de depuração. É preciso, segundo outros filiados além do presidente Cesário, aproveitar a volta de Lula ao poder para se reinventar no Acre, sob pena de seguir sendo desterrado.