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População de Epitaciolândia faz protesto pedindo justiça para jovem agredido com um copo no olho por empresário
No final da tarde de hoje (05), os habitantes de Epitaciolândia uniram-se em uma manifestação marcada por clamores de justiça, em prol de Paulo Henrique, um jovem que se tornou vítima de uma agressão brutal nas mãos do empresário local Adriano Vasconcelos. O incidente, que abalou a pequena cidade, ocorreu em um bar na cidade vizinha Brasiléia, na última terça-feira (03).
A manifestação, organizada por amigos, familiares e diversos moradores da região, teve início às 16 horas, concentrando-se na área da alfândega, situada na Avenida Internacional. O trajeto do protesto contemplou toda a extensão da avenida, com um ponto estratégico estabelecido diante do supermercado de propriedade do acusado, Adriano Vasconcelos.
Paulo Henrique, que desempenha a função de mediador educacional, foi alvo de um ataque brutal quando tentou intervir em uma situação envolvendo um hippie que oferecia seus serviços na cidade. Testemunhas relatam que o empresário Adriano Vasconcelos demonstrou desconforto com a presença do hippie e, ao passar por Paulo Henrique, sem provocação alguma por parte deste, atirou-lhe um copo de uísque, resultando em ferimentos graves.
Um fator que chama atenção é que, no momento da confusão, uma viatura da Polícia Militar encontrava-se no local. Imagens das câmeras de segurança revelam que a viatura estava estacionada ao lado de Adriano Vasconcelos. Moradores que testemunharam o incidente prestaram os primeiros socorros a Paulo Henrique, que foi rapidamente encaminhado ao Hospital da cidade em um veículo particular. Posteriormente, ele foi transferido para o Pronto Socorro de Rio Branco através do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Na manhã deste mesmo dia (05), os médicos confirmaram que o jovem perdeu um dos olhos e que precisará passar por uma cirurgia para a colocação de uma prótese.
Adriano Vasconcelos foi detido e levado à delegacia local, onde permaneceu em silêncio durante o interrogatório. Um advogado o acompanhou, e ele pagou uma fiança no valor de R$ 10 mil, conforme informado pelas autoridades policiais, sendo posteriormente liberado para aguardar o desenrolar do processo em liberdade. O Ministério Público do Acre (MPAC) anunciou que acompanhará de perto o caso. O delegado Erick Maciel afirmou à imprensa local que a tentativa de homicídio foi descartada, e que qualquer decisão referente ao caso ficará a cargo do Judiciário. O episódio chocou a comunidade local, que exige justiça para Paulo Henrique e aguarda ansiosamente por uma resolução adequada para esse ato de violência.
