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COLUNA DO EVANDRO “Os números dizem que estou certo”, diz Gladson

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O governador Gladson Cameli (Progressistas) fez um sincero desabafo à coluna em relação a pancadaria despachada pra cima dele pelo próprio vice, Major Rocha (PSL), e por apoiadores do senador Sérgio Petecão (PSD), que, a rigor, nunca se manifesta. “Os números dizem que estou certo. Enquanto os números disserem isso eu vou seguindo meu caminho”, disse Cameli.

Sobre o vice
“O que eu fiz de ruim pra esse homem? Ele teve todos os cargos que nenhum vice nunca teve. Eu comprava um carro para meu gabinete e outro pro gabinete dele. De repetente o homem se levanta contra”.

Sobre Petecão
“Deveria se manifestar. Ao invés disso as pessoas ligadas a ele é que falam pelas redes sociais. Não tenho como manter um povo desse no meu governo”.

Educação
Com relação a secretaria de Educação, o governador disse o seguinte: “Não vou condenar o Mauro (Sérgio Cruz, secretário). Demitir ele assim, a queima roupa é julgar, é queimar ele. Se eu substituir ele é por questão política”.

Os números
Quando diz que os números lhe dão razão, Gladson Cameli se confia em países do Data Control, único instituto que acertou as últimas cinco eleições no Acre. Além do mais, diz Cameli: “Não vou fazer pesquisa que minta pra mim mesmo”.

Começou a disputa
O certo é que a disputa de 2022 começou bem antes do esperado. De um lado o governador, do outro o senador Sérgio Petecão (PSD), que vai usar a tática do desgaste através de um mantra dele desde que ainda era aliado de Cameli, que é chamar o governador de mentiroso.

PT ainda fora
Esse confronto entre Gladson e Petecão seria uma maravilha para o PT se não fosse o desgaste. Por enquanto os petistas ainda vão apenas assistir o confronto em 2022, segundo o que dizem as pesquisas.

Trunfo
O governador Gladson Cameli tem dois trunfos para usar até as eleições. Um é seu desejo de juntar velhos guerreiros da oposição, o que já está fazendo em silêncio; o outro são as obras que vai colocar pra andar nos próximos meses. Isso sem contar o apoio que tem pela forma como tem conduzido a pandemia.

MDB vem desfalcado
Ex-deputado estadual e federal pelo MDB, João Correia disse à coluna que o partido de fato aderiu ao governo, mas isso ocorreu com voto vencido dele. “Fui contra”, revela. Além de João, o MDB entra no governo sem o deputado estadual Roberto Duarte, sem o prefeito Mazinho Serafim, de Sena Madureira, e sem Vagner Sales, ex-prefeito de Cruzeiro do Sul.

Pode mudar
Tem uma frase interessante do João Correia no final de nossa entrevista que precisa ser grigafa, em relação a lista de quem, no MDB, não vai aderir o governo: “Pode diminuir ou aumentar com o afluxo de descontentes”.

Vice do Alto Acre
Há um movimento em Brasiléia, Epitaciolândia, Assis Brasil e Xapuri, para que a região indique um vice nas chapas de governo em 2022. As lideranças acham que chegou a hora.

Nome forte
Entre os nomes do Alto Acre mais badalados para ser apresentado como vice é o da prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PT). Ela se reelegeu com boa votação e os números dizem que ela é a liderança emergente de lá.

Caminho de volta
Ex-prefeito de Rio Branco, o engenheiro Marcus Alexandre (PT) deverá puxar a chapa de estadual do partido. Se elege fácil e inicia, por aí, o caminho de volta para a prefeitura da capital.

Lembrado no churrasco
O nome de Marcus Alexandre foi lembrado durante um churrasco nesta terça a noite, onde havia entre as poucas pessoas, dois socialistas ligados a à Frente Popular. Segundo eles, Marcus foi orientado várias vezes a disputar o governo, em 2018, por outro partido, que não fosse o PT. Ele não saiu, nem vai sair, garantem os sindicalistas.

Desambientado
Tião Bocalom, embora seja filiado ainda ao Progressistas, participou, sem ambiente, da festa da última segunda, pela volta do governador Gladson Cameli, afastado desde a campanha de 2020. Quando perguntei se queria falar sobre o retorno do correligionário, Bocalom não titubeou: “Ele não me apoiou. Não tenho o que falar”.
Sem ambiente, Bocalom foi embora antes do tempo.

Tratamento elegante
O governador Gladson Cameli também não foi deselegante com Bocalom na festa do Progressistas. “Eu não esperava outra reação dele. Não o apoiei”, limitou-se a dizer.

Parceria institucional
Quanto a relação Gladson/Bocalom, o governador diz que vai apenas cumprir seu papel de ajudar a prefeitura. “Vou ser parceiro da prefeitura enquanto durar meu governo”, disse Cameli.

Demissões no governo
Ninguém vai ser demitido do governo a queima-roupa, acabei de saber. Também tem um detalhe: só vai ficar quem, de fato, estiver comprometido com o governo em todos os sentidos.

Cabos eleitorais
Dos três vereadores do Progressistas em Rio Branco, N. Lima, Samir Bestene e Rutenio Sá, apenas esse último pode disputar a eleição em 2022. Samir vai ajudar na reeleição do pai, o deputado José Bestene, e Lima vai ser cabo eleitoral do filho, deputado Whendy Lima.

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