COLUNA DO EVANDRO Saída do PSB da aliança com MDB pode ser por causa da vice já escolhida, Marfisa Galvão do Petecão

O PSB fez que entrou numa aliança com o MDB e o MDB fingiu que recebeu o PSB. É a imagem que ficará caso se confirme a prematura saída dos pessebistas da suposta coligação. O partido do ex-deputado Jenilson Leite e do ex-vice-governador César Messias deve ter achado muito pouco o que ouviu de promessas na casa azul, lotada de cabeças brancas – favor não confundir com a casa dos Smurf. Muito dificilmente Flaviano Melo e Marcus Alexandre não têm um acordo adrede com o senador Sérgio Petecão (PSD), para que a mulher dele, Marfisa Galvão, atual vice-prefeita de Rio Branco, seja vice na chapa. Petecão é senador, é famoso por ser bom de campanha, e tem uma chapa de vereadores debaixo do sovaco, além de seu partido ter um fundão eleitoral atrativo que só a molesta. Isso não é pouco. O PSB, com dois ex em seu comando, e uma chapa proporcional sem estrelas, não teve peso para falar grosso nas reuniões e, no fim, indicar Jenilson vice. Sacaram que iam ser coadjuvantes, apenasmente, como diria Narciso Mendes. Assim sendo, devem mesmo cair fora. O PSB é o partido do vice-presidente da República, Geraldo ‘Chuchu’ Alckmin, e pode, se quiser, bancar uma candidatura a prefeito em Rio Branco, mesmo com a pouca representação em Brasília. Para Jenilson e Messias, é muito mais lucro. Lançam o ex-deputado a prefeito, trazem uma grana, empoderam a chapa de vereadores e quando nada provocam um segundo turno. Jenilson volta para os holofotes, antes de ser esquecido. Esse parece ser o enredo mais provável em relação a notícia mais picante do meio político divulgada na manhã desta quinta-feira de pouco sol e nenhuma outra manchete, além do Festival da Macaxeira do Bocalom.

Puxa-encolhe
O próprio Vando Torquato deveria chamar a imprensa para colocar um ponto final sobre sua pré-candidatura a prefeito de Tarauacá. Uma hora um jornal diz que ele não é mais, na hora seguinte ele está na disputa. Que puxa-encolhe da disgrama.

Nunca foram unidos
Essa saída do PSB da aliança puxada pelo MDB e PT não é, aqui entre nós, uma grande novidade. O PSB nunca integrou a Frente Popular como as demais siglas da tradicional esquerda local.

Chapa pronta
Está claro que a chapa de MDB-PT-PV-PVdoB-PRD-Agir já está pronta. É Marcus na cabeça e Marfisa do Petecão de vice. Quem entrar nessa aliança só tem a Fundação Garibaldi Brasil pra discutir.

Juruá
Pelos números que vi nos bastidores sobre o Juruá, dificilmente o prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima (PP), não será reeleito.

Tem endereço
O Festival da Macaxeira do Bocalom tem objetivo claro: celebrar a aproximação pioneira da prefeitura com o homem do campo. Se vai render politicamente só Deus sabe.

Não apostem
Quem, daqui de Rio Branco, abre a boca para dizer que o prefeito Mazinho Serafim (Podemos) vai perder a eleição, não conhece o Vale do Iaco. Nunca comeu um mandim de lá. Como conheço um pouquinho, não aconselho ninguém a apostar nisso.

PM e Bombeiros
As duas policiais devem se unir em torno de uma candidatura a vereador em Rio Branco nas eleições desse ano, a do coronel Edener, ex-comandante do Bope. Será a primeira vez desde que as corporações elegeram o sargento Vieira, há 12 anos.

Matemática
A última coisa que alguém lotado num cargo comissionado quer é desagradar o governador ou o prefeito. Portanto, toda conta feita sobre o pleito precisa entrar essa aritmética.

Sabe o que faz
O senador Alan Rick (UB) pode ainda não ter se pronunciado sobre as eleições desse ano, mas está danado posando nas fotos com o prefeito Tião Bocalom (PL). Alan sabe onde pisa, faz um mandato irretocável e, por enquanto, o nome mais badalado para Governo.

Reflexão
“Jesus chorou”. João 11:53