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Política & Economia

“É no Senado que o jogo será jogado em 2027”, escreve o articulista Valterlucio Bessa Campelo na coluna de hoje

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Nos últimos dias repercutiu a notícia publicada pelo jornalista Lauro Jardim, de “O Globo” de que um certo ministro do STF estaria atuando junto a governadores aliados ao Lula, no sentido de que se candidatem ao Senado em 2026, mesmo que implique renuncia à reeleição, para que assim sejam diminuídas as possibilidades de formação de uma bancada bolsonarista majoritária, o que colocaria em risco o status quo, ou seja, a predominância do Supremo na “democracia” brasileira.

Entre muitas competências, um Senado desatado do regime luloalexandrino é capaz de mudar situações de interesse direto dos excelentíssimos, entre elas pautar proposta de impeachment de ministros do STF, aprovar uma CPI do abuso da autoridade, reprovar indicações que exijam sabatina e segurar os gastos das altas Cortes, sem contar a atividade legislativa própria. A essa altura do campeonato, tudo que os ministros do STF NÃO querem é um Senado republicano, independente, sem rabo preso.

A ousadia do ministro cujo nome não foi declarado, além de esfregar na cara do brasileiro o crime de responsabilidade do referido, dado que tal comportamento é explicitamente PROIBIDO em Lei, denuncia desde já a violência com que se comportarão no processo eleitoral de 2026 contra os candidatos ao Senado ligados à direita. Tudo aquilo que se viu em favor de Lula será multiplicado em favor deles mesmos.

Como podem atuar para “fazer uma bancada amiga”? O primeiro passo foi dado. É bem possível que na dúvida ou “a convite”, um ou mais governadores saiam ao fim do primeiro mandato, deixando de pleitear a reeleição para alcançar, com a ajuda ministerial (leia-se TSE), o mandato de senador. É bem possível que, em sentido contrário, candidatos viáveis do lado adversário sejam perseguidos, que seus processos jurídicos tenham andamento rápido, que percam a elegibilidade e saiam do páreo abrindo vaga na disputa. É bem possível que no decorrer da campanha, um escorregãozinho de nada ponha fora da raia um candidato bolsonarista.

Como se percebe, o cenário já começou a ser montado no andar que determina as regras, os juízes e os gandulas. O ano de 2026 promete uma guerra política feroz, onde o cargo mais importante será o de Senador, o que nos leva ao Acre. Como contribuirá para a formação do novo Senado, renovado em dois terços?

A considerar os dados atuais, despontam quatro candidaturas (outras podem surgir ou evoluir). Sem muito rigor ideológico, pode-se dizer que são duas à direita e duas à esquerda. As primeiras, formadas por Gladson Cameli e Marcio Bittar e, as últimas, por Jorge Viana e Sérgio Petecão. Considerando que o governador Gladson Cameli, dada sua enorme popularidade, tem uma vaga praticamente garantida, todo o esforço do Sistema será no sentido de eleger Jorge Viana, mantendo assim uma vaga na esquerda (a do Petecão). Os seus adversários, especialmente o Marcio Bittar, líder local do bolsonarismo, que ande na linha, senão o bicho papão do TSE vem lhe pegar.

Outra hipótese surge com uma eventual inelegibilidade do atual governador em decorrência de processo ainda em tramitação. Neste caso, zera tudo e as duas vagas seriam disputadas, obviamente com maiores chances de eleição do Jorge Viana, já que Petecão anda patinando nas pesquisas e, de qualquer modo, será deixado sentado no meio fio pelo líder. Apesar de lealdade 100%, Lula não virá em seu socorro.

Se é assim, o que o leitor acha que está acontecendo no Planalto neste momento, em um nível operacional que põe ministro do STF no jogo eleitoral? Que decisões superiores estão sendo tomadas com esse olhar para 2026? Do que seriam capazes para garantir uma vaga antibolsonarista num pequeno Estado? Lembremos que nas atuais circunstâncias, uma ou duas vagas podem ser decisivas.

Se eu fosse um interlocutor próximo do governador, lhe diria para se cuidar. O Sistema praticamente depende do Senado eleito em 2026 para manter seu itinerário de destruição das nossas bases conservadoras. A agenda progressista abraçada pelos que se intitulam movedores da história atrasará anos em seu ritmo se, como parece viável, a julgar pela assombrosa investida divulgada pelo Lauro Jardim, a direita vier a obter maioria no Senado. Com tanta decisão “politicamente justificada” ocorrendo por aí, não seria demais cogitar que uma certa ministra capitulasse diante de pressões supremas.

Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS, terças, quintas e sábados no  DIÁRIO DO ACRE, quartas, sextas e domingos no ACRENEWS e, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites.

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