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GERAL

Ere Hidson conta a história do Major Tancredo Maia, da Guarda Territorial, que também foi prefeito de Cruzeiro do Sul

Publicado

em

Por Ere Hidson

Filho de Benedito Alves Maia, que veio para o Acre de Apodi, Rio Grande do Norte, chegando ao Acre em 1907 na região do Alto-Purus. A mãe é dona Laura Maia Maia, de Aracati, Ceará.

Tancredo Maia nasceu no dia 4 de agosto de 1921, na cidade de Rio Branco.

Casou-se com Maria Pinheiro Maia, de Brasileia.

Com ela teve os filhos
Tancredo Maia Filho, arquiteto aposentado do Ministério da Educação; Tancremildo Pinheiro Maia, administrador público aposentado e ex-vereador de Rio Branco; Mário Cesar Pinheiro Maia, advogado e aposentado como funcionário da gráfica do Senado Federal; Laura Maria Maia dos Santos, professora de matemática posentada em Brasília; Olivia Maria Pinheiro Maia, socióloga e aposentada do Banco do Brasil; Milton José Pinheiro Maia (in memorian).

Tancremildo Maia, filho do Major Tancredo, ajudou na pesquisa sobre o pai

Tancredo Maia, de conhecida família acreana, nasceu em Rio Branco, capital do então território do Acre, em 04 de Agosto de 1921.

Sentou praça na polícia militar do então território do Acre em 16 de Maio de 1938, com 17 anos incompletos e chegou ao cargo de comandante dessa corporação, transformada em Guarda Territorial em 1945, na qualidade de Major.

Em 1951, já era tenente, quando foi designado para comandar o destacamento de Cruzeiro do Sul.

Em 27 de dezembro desse ano, foi nomeado prefeito de Cruzeiro do Sul pelo governador do Território do Acre, Amílcar Dutra de Menezes. Administrou a cidade até 1953.

Em Cruzeiro do Sul, também foi delegado de obras do Território e também presidente da associação rural.

Retornou para Rio Branco em 1957 e foi chefe do escritório da superintendência do Plano de Valorização da Amazônia, anos depois transformada na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia- SUDAM.

Também chefiou o setor de pessoal da delegacia de viação e obras do Território.

Foi diretor do serviço de rádio difusão do Acre e comanda da Guarda Territorial.

Relatos nos chegam de maneira muito honrosa, feita pelo nosso primeiro jornalista de Cruzeiro do Sul, João Mariano.

Entre os registros em N’O Juruá, destacam-se a publicação, na íntegra, o relatório de viagem que Tancredo Maia como prefeito municipal de Cruzeiro do Sul fez ao Alto-Juruá, até a Foz do Breu, marco da fronteira Brasil com Peru.

Esse relatório foi apresentado ao governador do Território do Acre, João kubistchek de Figueiredo (primo legítimo do Presidente Juscelino Kubistchek) em 2 de fevereiro de 1953 e publicado na edição de 15 de fevereiro de 1953.

Participaram da viagem, que durou 14 dias, entre 6 a 20 de dezembro, os servidores Orlando Sabino da Costa, agente municipal de estatística, que fez o registro industrial da zona percorrida; e Manoel Cavalcante, inspetor agrícola; Manoel Benvindo Pinheiro, tesoureiro da prefeitura.

“Somente na margem do Juruá, desta cidade a Foz do Breu, recebemos pedidos para instalação de 5 escolas, em lugares que bem merecem este benefícios, pois constam quem cada vila tem 40 crianças em idade escolar.

Para resolver este problema, que não pode esperar por solução, achamos por bem destinar a importância de Cr$. 50.000.00 da verba do imposto de renda.

Dos 50% destinados a serviço de desenvolvimento rurais para a instalação e funcionamento das referidas escolas, até que o governo possa tomar pra si essa responsabilidade”, destacou também o editorial do diretor do jornal O Juruá, João Mariano da Silva, na edição do dia 15 de maio de 1955, intitulado “uma explicação”.
Nele, em defesa veemente de sua honra e da honra de Tancredo Maia, João Mariano da Silva escreve contra as acusações de que ele e sua empresa teriam sido beneficiados por benesses do então prefeito, Tancredo Maia.

As edições D’O Juruá, encontram-se em um museu bem organizado e preservado por sua filha, Gisalda Mariano Coêlho Sampaio, em Cruzeiro do Sul.
A estreia de O Juruá se deu em 31 de Janeiro de 1953.

“Escolhemos a data de hoje, 31 de janeiro, para iniciarmos a nossa circulação. A vida jornalística desta terra é interessantíssima pelo elevado número de periódicos que por aqui circulam.

Alguns viveram lustros, outros décadas; outros um ano ou menos; alguns viveram um dia.

Não sabemos a sorte de O Juruá.
Deus o sabe e o futuro dirá.
Sendo este o nosso primeiro número, precisamos dizer o nosso programa e a nossa razão de ser.

Principiamos por dizer que se trata de um Jornal independente das injunções políticas.

E como tal para sua fundação, os políticos não foram consultados.

Também não foi animado pelo calor oficial que tomamos a deliberação de fundar nesta terra um jornal.

O Sr Prefeito do Município teve a ciência de nossa iniciativa quando solicitamos um carro do governo para transporte das máquinas; no que, aliás, fomos atendidos gentilmente e agradecemos”, consta no período da época.

      Marcas da gestão 

Entra em vigência a partir de primeiro de janeiro de 1954 o decreto N° 9 de 31 de março de 1953. Cria a taxa de Cr$ 2.00 sobre garrafa de cachaça ou aguardente de qualquer que der entrada no município.

O prefeito de Cruzeiro do Sul, Território Federal do Acre, usando as atribuições que lhes são outorgadas; considerando que a cachaça que entrada no município , só traz prejuízos, de ordem, moral, social e econômica, a uma grande maioria de seus habitantes consumidores de tão nocivo gênero. Especialmente, ela, avultada proporção em que vem sendo a mesma importada;
Considerando, que cabe ao chefe do executivo municipal, zelar pelo bem comum da coletividade.

    Decreta

Art. 1° – fica criada a taxa de Cr$ 2.00 sobre garrafa de aguardente ou cachaça de qualquer espécie que der entrada no município.

Art. 2°. Revogam-se as disposições ao contrário. 

Prefeitura municipal de Cruzeiro do Sul, 31 de março de 1953, 131° da independência e 64° da República.
Registre-se, publique-se, cumpra-se.
Tancredo Maia – 1° ten – prefeito.
Newton de Vasconcelos pessoa
Secretário em exercício.

Essa entrevista foi concedida pelo filho do Major Tancredo, Tancremildo Maia, que nos lembra que, não é uma exclusividade o transporte dos produtores ribeirinhos ao longo do Rio Juruá, das atuais gestões.

Em 1953 o Prefeito Tancredo Maia, foi o pioneiro em ofertar esse serviço a população.

Cita ainda que a família de tradição na política, ainda teve o médico, formado no Rio de Janeiro, ex deputado federal e ex senador Mário Maia, que era irmão do prefeito Tancredo Maia.

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