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ESPORTE

Onde estarão durante as Olimpíadas de Tóquio, daqui a duas semanas, os únicos acreanos que ganharam medalha olímpica?

Publicado

em

Evandro Cordeiro

O Acre, um dos mais escanteados Estados do Brasil, tem dois medalhistas olímpicos. Sim, tem! E sabe onde eles estarão daqui a duas semanas, quando iniciarem as Olimpíadas de Tóquio, no Japão, dia 23 de julho? Pelo menos um deles, lá. Eles são o jogador de vôlei Antônio Carlos Aguiar Gouveia, o Carlão, de 56 anos, capitão da seleção brasileira que ganhou o ouro em 1992 em Barcelona, na Espanha e que estará comentando os jogos pela Rede Globo. O outro é o goleiro de futebol Weverton, campeão olímpico em 2016, inclusive ganhando o primeiro ouro da história do futebol brasileiro. E mais: defendendo pênalti na final contra a Alemanha. Ninguém sabe ainda ao certo se Weverton será chamado para estar lá outra vez.

VAMOS CONHECER PARTE DA HISTÓRIA DESSES DOIS MEDALHISTAS

Carlão

Antônio Carlos Aguiar Gouveia (Rio Branco, 20 de abril de 1965), conhecido simplesmente como Carlão, foi um jogador de vôlei brasileiro. Ele foi o capitão da seleção brasileira que conquistou o primeiro ouro do vôlei brasileiro nos Jogos Olímpicos de 1992 em Barcelona. Apenas Carlão e Giani, seu companheiro da Maxicono-IT, conseguiram conquistar todos os títulos possíveis jogando de central, ponteiro passador e oposto tudo graças a seus dotes físicos e a Bebeto de Freitas.

Biografia

Torcedor assíduo do Rio Branco Football Club, começou no esporte dentro do clube, onde foi goleiro da equipe infantil, chegando a conquistar um título estadual.

Aos 17, mudou-se para Fortaleza pois, além de uma de suas irmãs já morar na cidade, um de seus irmãos estava fazendo tratamento de saúde no Ceará. Na capital cearense, começou a praticar basquete na escola onde estudou, o Colégio Farias Brito, mas depois foi convidado pelo professor de vôlei (Vicente) do colégio a também praticar o esporte. Com horários alternativos, Carlão passou a praticar as duas modalidades, mas com o tempo foi deixando o basquete de lado e se interessando cada vez mais pelo vôlei.

Sua paixão pelo vôlei começou quando viu o Brasil ganhar a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles. Na época, o esporte se tornou febre no país e Carlão passou a praticá-lo. O professor Vicente do colégio o levou ao Clube Círculo Militar, onde Carlão fez um teste, mas foi dispensado pelo treinador do clube, o qual disse que ele era “muito desengonçado para o esporte”. Depois entrou no clube Náutico Atlético Cearense, onde conheceu o técnico da Seleção Estudantil do Ceará, Zé Raimundo. Foi convocado para participar dos Jogos Escolares Brasileiros em Brasília. Pelo Náutico, Carlão também se sagrou campeão Estadual, pela seleção juvenil cearense foi campeão Brasileiro na segunda divisão, sendo escolhido o melhor jogador do campeonato e convocado pela primeira vez para seleção juvenil.

No início, a família via Carlão no vôlei como um divertimento. Porém quando ele foi convocado para a Seleção Brasileira Juvenil, em 1985, e logo após recebido uma proposta para jogar em um clube em Campo Grande, as coisas começaram a ficar sérias. Seu pai deu todo o apoio, mas a sua mãe foi contra. Na época, Carlão fazia faculdade de Processamento de Dados, mas decidiu trancá-la e optar pela carreira de atleta.

Com apenas três anos no esporte, Carlão já estava na seleção brasileira principal, ao lado de estrelas como Bernard, Xandó, William, Renan e Amauri. Carlão tinha apenas 20 anos de idade, mas já demonstrava as características que o levariam a ser o líder da seleção que dominou o voleibol mundial no começo dos anos 90.

Até hoje, ele é o segundo atleta com maior número de jogos pela seleção brasileira. Jogador de enorme talento, foi o capitão da seleção brasileira durante dez anos, de 89 a 99. Defendendo o Brasil, conquistou 12 títulos, inclusive o mais importante para qualquer atleta, de qualquer modalidade: os Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona. O primeiro ouro de esportes coletivos do Brasil.

Carlão venceu por onde passou. Foi cinco vezes campeão brasileiro. Numa das finais, em 94, na primeira edição da Superliga, no jogo entre Frangosul/Ginástica de Novo Hamburgo-RS e o Report/Suzano-SP, Carlão continuou em quadra, mesmo depois de ter quebrado o pé, e ajudou o Frangosul/Ginástica a conquistar a primeira Superliga. Na Itália, onde atuou por quatro temporadas, Carlão conquistou tudo o que podia: foi bicampeão italiano, campeão da Copa Itália, campeão europeu e campeão da Copa das Confederações.

Além da garra e da liderança, Carlão sempre mostrou muita versatilidade. Recebeu prêmios individuais em vários fundamentos: melhor bloqueador, melhor atacante, foi eleito o melhor jogador do Brasil três vezes, melhor jogador do Campeonato Italiano e melhor jogador do mundo. Carlão também jogou Vôlei de Praia, fazendo dupla com Paulo Emilio seguindo os passos de Tande e Giovane. No entanto, logo optou por um retorno às quadras, encerrando sua carreira em 2003, atuando na Superliga Masculina de Vôlei pela CIMED-SC.

Weverton

Weverton Pereira da Silva, mais conhecido apenas como Weverton, nasceu em Rio Branco, Acre, no dia 13 de dezembro de 1987. É um futebolista brasileiro que atua como goleiro. Atualmente, defende o Palmeiras.

Weverton foi convocado de última hora para defender a seleção olímpica, após o corte do experiente goleiro Fernando Prass, do Palmeiras, por causa de uma lesão no cotovelo. Ele começou na base do Juventus-AC, passando por Corinthians, Remo, Oeste, América-RN e Portuguesa antes de chegar Atlético-PR em 2012.

O arqueiro acreano levou apenas um gol em todos os Jogos Olímpicos do Rio 2016, justamente na decisão. Ele já igualou a campanha do goleiro espanhol Santiago Canizares. Na Olimpíada de Barcelona, em 1992, o arqueiro foi o último a chegar numa decisão olímpica sem tomar gols.

Após a apito final da partida no Maracanã, os acreanos invadiram as redes sociais com homenagens ao camisa 1 canarinho, um dos principais responsáveis pela conquista inédita. A ex-senadora Marina Silva, através do Facebook, destacou:

– Até que enfim, nós! Parabéns à seleção. Valeu Weverton! O Acre existe e segurou o ouro!! #Rio2016.

Outro a exaltar a conquista nacional e o feito de Weverton foi o ex-jogador Artur Oliveira, o rei Artur.

– O Acre existe meus amigos e é ouro….parabéns meu amigo @weverton010 uma honra ser seu conterrâneo e amigo. Que Deus te abençoe e te agradeço em nome do povo brasileiro por esse ouro que nos faltava.

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