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Ministério Público do Acre acompanha caso de mulher assassinada após boato na Cidade do Povo
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Centro de Atendimento à Vítima (CAV) e do Núcleo de Atendimento Psicossocial (Natera), está acompanhando o caso da mulher que foi linchada na Cidade do Povo, em Rio Branco. A vítima foi acusada de ter matado a própria filha, de apenas dois meses. No entanto, a ossada encontrada no local era de um animal, e não da criança.
Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que o crime pode ter sido motivado por um boato espalhado na comunidade.
Diante da gravidade da situação, o MPAC adotou uma série de medidas para garantir o acolhimento das duas crianças filhas da vítima, que estão sob a guarda da tia materna.
O atendimento psicossocial está sendo prestado por uma equipe multiprofissional composta por psicólogos e assistentes sociais, visando oferecer suporte emocional e acompanhamento contínuo às crianças e à tia responsável.
Além disso, também foi realizado o encaminhamento aos serviços públicos essenciais, incluindo a regularização de documentação civil de uma das crianças, bem como o monitoramento da situação junto à rede de Assistência Social para assegurar que recebam o suporte necessário a longo prazo. O órgão segue acompanhando as investigações.
O coordenador adjunto do CAV e titular da Promotoria Especializada de Defesa dos Direitos Humanos e da Cidadania, promotor de Justiça Thalles Ferreira, destacou a importância dessas medidas para garantir a proteção das crianças e alertou sobre os perigos da desinformação.
“Esse caso também serve como um alerta sobre os perigos das fake news. Uma pessoa perdeu a vida possivelmente devido a mentiras espalhadas na comunidade. O MPAC não tolera esse tipo de ação, baseada no discurso de ódio e na justiça com as próprias mãos. Vivemos em um Estado Democrático de Direito, e cabe à Justiça apurar os fatos dentro da legalidade”, pontou.
O MPAC segue acompanhando o caso e reforça a necessidade de combater a disseminação de notícias falsas, que podem levar a tragédias irreparáveis.
Marcelina Freire – Agência de Notícias do MPAC