Fronteira: Jornalistas protestam, repudiam impontualidades e exigem respeito das autoridades

Por Wanglézio Braga / Foto: Reprodução

Profissionais da imprensa que cobrem a fronteira da Bolívia com Acre iniciaram a segunda-feira (07) com um protesto contra as autoridades do Departamento de Pando. Um grupo se reuniu em praça pública, em Cobija, para exigir respeito nos tratos com os trabalhadores, cobraram pontualidade no horário dos eventos patrocinados pelo Governo e repudiaram os supostos ataques da vice-governadora, Ana Paula Becerra. 

“Há um tempo, as autoridades vêm atrapalhando não somente no direito de informar à população como também deixando de respeitar os horários que eles mesmos agendam para as coletivas de imprensa. Por exemplo, na semana passada, o Governo marcou na Secretaria de Saúde uma coletiva e o Governador só chegou horas depois, na hora que bem quis!”, disse em entrevista o jornalista Hugo Mopi, líder do movimento.

Mopi citou que os atrasos e cancelamentos das agendas oficiais são constantes e que atrapalham as equipes que são acionadas para cobrir os eventos.  O comunicador ressaltou que o protesto não serve para exigir privilégios, mas é uma forma de pedir mais atenção para o serviço laboral dos profissionais ao levar informação à população.

Sobre a infeliz declaração da vice-governadora feita em evento oficial e que teria menosprezado jornalistas ao fazer comparações, Hugo disparou: “Nós trabalhamos honestamente, ganhamos o nosso dinheiro honestamente e transmitimos ao povo o que realmente acontece, da forma que acontece (…) Nós repudiamos essa soberba, os ataques e os péssimos tratamentos”.

Ainda sobre o assunto, o jornalista Reynaldo Viraca, exigiu retratação por parte do executivo e da vice-governadora. “Exigimos que se retratem pelo fato ocorrido, onde disse que os jornalistas não trabalham mais que o governador e que por isso deveriam esperar a sua chegada (…) Nós queremos que o respeito seja recíproco (…) Esperamos que as nossas autoridades mudem esse comportamento, por isso estamos protestando”, enfatizou.

O manifesto durou algumas horas e reuniu comunicadores de rádio, televisão, impresso e de web. Apesar de o ato ocorrer na Praça dos Poderes, centro de Cobija, bem na frente do Palácio do Executivo, o Governo de Pando não comentou sobre o assunto.