ELEIÇÕES
Presidente do TSE se dobra a força do Telegram e pede que plataforma colabore para evitar disseminação e notícias falsas durante a campanha eleitoral deste ano
Por Tião Maia, para AcreNews
A que ponto chegou a força e o poder de aplicativos nas redes sociais ao redor do mundo: o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Edson Fachin, de forma humilde, reiterou em documento enviado nessa terça-feira (8) ao fundador e dono do aplicativo de mensagens Telegram, Pavel Durov, pedindo sua ajuda em relação ás eleições deste ano no Brasil. O documento pede uma “colaboração” da empresa com o Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação. Porque o aplicativo vem sendo usado no país para a disseminação de ódio e informações falsas sobre a futura campanha eleitoral brasileira.
O pedido humilde do poderoso ministro Edson Fachin foi encaminhado ao escritório de advocacia que representa o aplicativo no país, no Rio de Janeiro. O texto também propõe a “abertura de um canal de diálogo para discutir a adoção de estratégias conjuntas de cooperação voltadas ao combate das fake news”.
O TSE diz que vem “firmando parcerias” com as demais plataformas digitais, como o aplicativo norte-americano WhatsApp, e que a parceria tem o sentido de “preservar a integridade dos pleitos nacionais”. “Os acordos em questão propiciam a abertura de canais para um diálogo direto e profícuo, necessário para garantir que a transgressão generalizada e sistemática dos limites da liberdade de expressão”, escreveu o ministro.
Edson Fachin também afirma no ofício que as “práticas desinformativas e disseminadoras de ódio” podem comprometer a “eficácia do Estado de Direito”. Este documento é o segundo enviado pelo TSE ao Telegram. Ainda durante a presidência do ministro Luís Roberto Barroso, a Corte enviou uma solicitação de parceria em 16 de dezembro de 2021. O aplicativo nunca respondeu. Dono da ferramenta digital russa, Pavel Durov, que possui uma relação conturbada com o presidente Vladimir Putin, transferiu a sede de sua empresa para Dubai, cidade onde mora desde 2013. Ele deu calado por resposta também às manifestações de Fachin.
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