Justiça anula júri que absolveu acusados de execução no centro de Rio Branco

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre anulou, por unanimidade, o julgamento que havia absolvido Jhon Pablo Rocha de Nobrega e Renan Fernandes de Sales das acusações de homicídio e tentativa de homicídio. A decisão foi tomada em sessão virtual, após análise de recurso apresentado pelo Ministério Público.

Os réus eram acusados de envolvimento na execução de Daiana Brito e na tentativa de assassinato de Jonara de Souza Pinheiro, ocorridas na tarde de 28 de março de 2019, na Rua Floriano Peixoto, região central de Rio Branco. As vítimas caminhavam pela calçada quando foram surpreendidas por disparos. Daiana, que usava tornozeleira eletrônica, morreu no local. Jonara conseguiu escapar ao se lançar em um barranco.

Segundo a denúncia, Jhon Pablo teria sido o autor dos disparos. Rudson Eufrazio de Souza, já condenado a quase 31 anos de prisão, conduzia a motocicleta usada na ação, enquanto Renan Fernandes seria o proprietário do veículo.

Em maio deste ano, Jhon Pablo e Renan foram absolvidos das acusações de homicídio e tentativa de homicídio, mas condenados a quatro anos e um mês de prisão por integrarem organização criminosa. O Ministério Público recorreu da decisão, alegando que a absolvição contrariava as provas apresentadas em plenário.

Novo julgamento

Ao julgar a apelação, o desembargador Francisco Djalma, relator do caso, entendeu que a decisão dos jurados não se sustentava diante das evidências. Seu voto foi acompanhado pelos demais membros da Câmara Criminal, resultando na anulação do júri. A data do novo julgamento ainda será definida.