Caso Gedeon: Dois réus vão a júri popular pelo assassinato do ex-prefeito

Dois dos acusados pela execução do ex-prefeito de Plácido de Castro, Gedeon Barros, irão enfrentar julgamento em júri popular. A decisão foi tomada pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Fábio Farias, que pronunciou João da Silva Cavalcante Júnior, o “Joãozinho”, e Sairo Gonçalves Petronílio como réus no processo.

Dos cinco denunciados inicialmente, três foram impronunciados: Leomar de Jesus Mariano, o “Mazinho”, Carmélio da Silva Bezerra, o “Veio”, e Weverton Monteiro de Oliveira, o “Bolacha”. O magistrado entendeu que as acusações contra eles se sustentavam quase exclusivamente na colaboração premiada de Joãozinho, sem provas adicionais que confirmassem o relato. O silêncio do colaborador em juízo enfraqueceu ainda mais a versão apresentada.

Outros dois acusados tiveram a punibilidade extinta: Antônio Severino de Souza, o “Pirata”, morto em setembro deste ano na Bolívia, e Clebson Rodrigues Nascimento, o “Poloco”, assassinado em circunstâncias ainda não esclarecidas.

O crime ocorreu na manhã de 20 de maio de 2021, quando Gedeon Barros foi alvejado dentro de seu carro, no estacionamento da Suframa, em Rio Branco, enquanto falava ao telefone. Em dezembro de 2023, sete suspeitos — entre mandantes, interlocutores e executores — foram presos pela Polícia Civil.

Considerado um dos homicídios de maior repercussão no Acre, o caso segue em andamento. Os dois réus pronunciados ainda podem recorrer da decisão antes de serem levados a julgamento pelo Tribunal do Júri.