Friale prevê semana quente, sem muitas chuvas e queda nos níveis dos rios

Por Wanglézio Braga / Foto: Wanglézio Braga

A previsão climática para o Acre na primeira semana de janeiro, sob a responsabilidade do pesquisador Davi Friale, do Tempo Aqui, é de que as “chuvas serão escassas no estado”. O prognóstico de sol, muito calor e pouca chuva vai até domingo (09).

“Até quarta-feira, os dias vão continuar ventilados, com ventos soprando da direção noroeste e variações do norte e de oeste. As chuvas, durante esta semana, onde e quando ocorrerem, serão, em geral, rápidas e pontuais, exceto na quinta-feira, quando poderá chover forte, com trovoadas, principalmente nas regiões de Rio Branco, Brasiléia e Sena Madureira”, comentou Friale.

Ele explica que “esta condição de pouca chuva é consequência da permanência de uma alta pressão atmosférica sobre o Atlântico Norte, mais precisamente sobre as ilhas portuguesas da Madeira e dos Açores, que impulsiona ar seco, originário do deserto do Saara, na direção do Acre e do oeste do Amazonas. Assim, origina-se um “bolsão” de ar um pouco mais seco e denso, que bloqueia a entrada de umidade do Atlântico Sul, impedindo, desta forma, a formação de nuvens de chuva intensa”.

“Nossas estimativas de previsão é que tal condição atmosférica de pouca chuva no Acre permaneça até por volta do próximo dia 15 de janeiro. Num ou noutro dia, entretanto, poderão ocorrer chuvas fortes, mas de forma passageira (…) será com chuvas abaixo da média, no Acre”, acrescenta.

Outro destaque de Friale diz respeito às condições dos níveis dos rios, dos principais do estado. “Com a diminuição das chuvas, o nível de todos os rios do Acre cairá bastante nesta primeira quinzena de janeiro de 2022. Em Rio Branco, o nível do rio Acre, como havíamos previsto, subiu muito até o primeiro dia do ano, atingindo 11,2m, mas, logo em seguida, começou a baixar rapidamente. Por volta das 13h desta segunda-feira (3), já marcava menos de 10 metros. Nossa estimativa é de que baixe para menos nestes primeiros vinte dias do ano. Portanto, não há motivos para preocupações exageradas, pois não há indícios de inundações alarmantes”, concluiu.