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EVANDRO CORDEIRO

COLUNA DO EVANDRO | O novo mapa político do Acre está desenhado, correndo risco de alguma mudança apenas com uma possível eleição de Lula

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O novo mapa político do Acre foi desenhado a partir do resultado da última eleição, há uma semana e horas. Mesmo com a política sendo cíclica, com viradas de jogo inimagináveis, o momento é do governador Gladson Cameli (PP). Ele, que tem uma relação com a população digna de ser estudada, enfiou tudo o quanto foi ‘liderança’ em um saco. Foi colocado em um patamar de estrela do mais alto brilho. Conseguiu a mais alta popularidade da história do Acre emancipado, de 1962 em diante. O mapa da política local é a silhueta dele. Só quem ficou à sombra escapou do ‘limpa’. Pensar em eleições próximas, como as prefeituras em 2024 e no Governo em 2026 sem que ele seja a bissetriz, é muito arrazoado. Conversei com muita gente sobre isso e a maioria absoluta admite a força fenomenal do reeleito. A reboque dessa avalanche ele traz um nome novo, sobre o qual se fala em sucessão, mesmo prematuramente, o do senador eleito Alan Rick (UB). Seria a segunda liderança dessa nova configuração política. No União Brasil, Alan não terá obstáculo nenhum se pensa em crescer, uma vez que o senador Márcio Bittar, atual presidente, acha natural entregar a direção da sigla a ele e caso o atual cenário se mantenha até 2026, ser candidato a um cargo que não seja conflitante entre ambos. Bittar, a rigor, não precisa e nem deve deixar o UB. Gladson tem, na verdade, uma responsabilidade imensa pra conduzir o processo. A sorte é que ele, com jeito e aparência de meninão, sem soberba nenhuma, não tende deixar tanto poder lhe subir à cabeça, sobretudo quando sem ameaças. Aliás, a única ameaça capaz de produzir virada de cenário seria a eventual eleição de Lula. Mesmo morta, a esquerda acreana poderia reencarnar em alguma figura, inclusive por meio de sabotagem. Fora isso, sob o comando do governador reeleito, o mapa político do Acre está verde e amarelo e sob a liderança de alguém que quebra prognósticos, foge dos radares e se tornou um fenômeno inexplicável.

Quem vai ser secretário

Eleito governador de Minas Gerais em 1982, Tancredo Neves recebe em seu escritório, ainda na transição, um jovem e ansioso cabo eleitoral que havia estado no comando da campanha e que plantara na imprensa que seria secretário de Estado. Na conversa com a raposa velha, que dois anos depois seria eleita presidente da República, o rapaz alvoroçou-se: – O senhor viu o que a imprensa está dizendo, que serei secretário? Tancredo, com sua peculiar picardia, responde, in pectori: – Pois volte lá no jornal e diga que eu lhe convidei e que você não aceitou.

Queimação

A essa altura do campeonato, ter o nome citado pela imprensa como futuro secretário é o descredenciamento mais certo. Quem vai compor, de fato, a nova equipe do governador Gladson Cameli (PP), arrume um jeito de não deixar vazar.

Discreto

Está difícil arrancar uma fala do Gemil Júnior, primeiro suplente do senador Alan Rick (UB). Ele anda fugindo de especulações. Não é demais imaginar que Gemil é forte candidato a virar senador a partir de 2026, apesar de ainda ter muita água pra passar por debaixo da ponte.

Sucessão em Brasileia

A prefeita de Brasileia, Fernanda Hassem (PT), disparada a melhor da atual safra de prefeitos, precisa imediatamente pensar em um sucessor. Ela elegeu o irmão deputado estadual, mas em relação a sucessão, dizem por lá, a banda toca diferente. Como não deve se unir a Leila Galvão, que pleiteia, precisa correr com um nome.

Mulheres conservadoras

Amanhã, terça, 11 de outubro, um grupo de mulheres puxado pela senadora Mailza Gomes (PP), eleita vice-governadora do Acre, recebe a primeira-dama do Brasil, Michele Bolsonaro. Vai bombar o evento, uma vez que a mulherada acreana aderiu ao conservadorismo.

Sem clima

No QG do senador Sérgio Petecão (PSD) ninguém tem cabeça ainda para avaliar nada sobre o resultado da eleição. Pelo contrário, há uma troca de acusações sobre quem ajudou e quem foi malandro.

Não perdeu de tudo

Zeca Bestene não se elegeu, mas é o primeiro suplente do PP. Se não assumir deve ocupar um lugar importante no Governo.

Novo vereador

James do Lacen (PDT) ocupará a cadeira de Michele Melo na Câmara Municipal de Rio Branco, realizando um sonho dele desde que ele era um leal apoiador do PT, quando nunca foi ajudado para chegar lá.

Luz e Elzinha

Outros dois novos vereadores são João Marcos Luz (MDB), no lugar do Jarude, e Elzinha Mendonça (PSB), na cadeira do enfermeiro Adailton Cruz.

Pelo esporte não dá

Maioria dos candidatos que se abraçam a bandeira do esporte ficam pelo caminho. Dois exemplos: Neném Almeida (Podemos), deputado estadual, e Antônio Moraes (PSB), vereador. Não saiam dos campos e das quadras, nem saíram nas urnas.

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