ACRE
Protestos no 4° BIS: “Não podemos e não vamos usar a força para a retirada das pessoas”, diz Secretário
Paulo Cézar Rocha dos Santos afirmou que o uso da força para retirar as pessoas não foi determinado pela Justiça estadual, nem pelo STF; situação é monitorada e controlada pela Sejusp, por meio das Forças de Segurança e da Inteligência
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre, Paulo Cézar Rocha dos Santos, afirmou nesta terça-feira, 8, que as manifestações bolsonaristas pós-eleições em frente ao Quartel do 4º Batalhão de Infantaria e Selva (4º BIS), em Rio Branco, são monitoradas pela Sejusp e controladas pela Polícia Militar do Estado do Acre (PMAC), em conformidade com as determinações da Justiça estadual e do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o secretário, em encontro com Socorro Rodrigues, vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Acre (OAB/AC), na sede da Sejusp, duas situações estão sendo fortemente coibidas pela PMAC, nesses episódios.
A primeira delas é impedir que o acesso pela Rua Colômbia, em frente ao 4º BIS, seja obstruído e a segunda, fazer valer que a ordem pública não seja perturbada a partir das 22 horas.
Conforme o secretário, as pessoas estão se concentrando na Rua Valério Magalhães, no eixo de entrada do portão principal do quartel, que desemboca na Rua Colômbia. E que na mesma Valério Magalhães também não há prejuízo para o livre acesso da via, já que os policiais colocaram grades no local, concentrando os manifestantes às margens da rua.
“É preciso ficar claro que não podemos e não vamos usar a força para a retirada dessas pessoas, porque não há determinação judicial para isso. Pelo contrário, a recomendação é usar a moderação, porém, garantindo a ordem pública e o ir e vir das pessoas”, ressalta o gestor.
Socorro Rodrigues, por sua vez, destaca que a OAB/AC criou entre seus membros um grupo de verificação para acompanhar esses atos. “Viemos aqui conversar, para acompanhar, obter informações e prestar o nosso apoio à Sejusp. Trata-se de um fato anormal, que deve ser tratado com toda a atenção possível para que seja garantida a lei, a ordem e a paz”, destacou a vice-presidente da OAB/AC. Na ocasião, ela presenteou o secretário com uma caneca personalizada da OAB/AC.
Um dado que merece atenção é que a manifestação é esvaziada de dia e vai ganhando consistência à medida que a tarde vai terminando e a noite começando. É partir das 18 horas que famílias inteiras, incluindo crianças e idosos, aglomeram-se nos espaços delimitados pela PMAC na Rua Valério Magalhães.
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