Administrador acreano questiona sobre condições da BR-364: “O Acre é filho ou enteado do Brasil?”

Por Wanglézio Braga

Membro do Conselho Federal de Administração (CFA), o administrador Fábio Macêdo usou as redes sociais para fazer um verdadeiro desabafo sobre as condições da BR-364, a principal estrada que corta os estados do Acre e Rondônia. Num relato publicado na noite de ontem (27), Macedo comparou as condições da estrada nos dois estados e pediu mais atenção do poder público.

“Essa semana de Carnaval resolvi tirar um tempo para descansar, viajar com a família de carro, o passei aos destinos trilhados foram maravilhosos, superando as expectativas, mas quanta decepção quando o assunto é a estrada entre Acre X Rondônia. Fui até a cidade de Cacoal – RO, 985,50 KM, destaco que deste trecho uns 170 KM de estrada são de território acreano, 815,50 KM de rondoniense. Me pergunto se o Estado do Acre é filho ou enteado do Brasil, nossas estradas 70% de buracos (tirei foto de percurso bom, tem buracos que toma pista de ponta a ponta), com 30% bom. Diversos carros e caminhões quebrados nesse pequeno percurso, levando quase 3h para percorrer os 170 KM. Já na estrada de Rondônia 70% bom e 30% com buracos, mas diferentemente da gente, esses lugares de buracos tendo equipes trabalhando e com uma excelente sinalização, mostrando perigo a frente, já agente… Quebra-molas sem sinalização, radar sem avisos, crateras não identificadas”, escreveu.

Fábio também questionou, durante o desabafo, sobre a falta de eficiência de gestão dentro do DNIT órgão responsável pela manutenção da estrada. “Outro questionamento que me vem, será incompetência DNIT entre equipe técnica do Acre X equipe técnica de Rondônia??? Gestão Pública eficiente não se faz em gabinete, principalmente quando assunto é estrada, conhecer os problemas dela, fazer um trabalho preventivo ou de pequenos correções, e não esperar que ela se deteriore totalmente para buscar providências, nem entro no mérito de referenciar a ida até Cruzeiro do Sul, onde a estrada está prestes a ser fechada pela péssima trafegabilidade, 600 KM sendo feito de 12h a 15h”, completou.

O administrador finalizou pedindo mais atenção da bancada acreana sobre o problema que já se estende por anos. “Eleitos representantes do povo acreano (Deputados Federais e Senadores), interajam em Brasília para ver se o DNIT Acre realiza o trabalho de recuperação da nossa BR 364”, concluiu.