Em seu resgate histórico das personalidades do Juruá, Ere Hidson encontra Fernando Nobre, ex-prefeito

Prefeito de Cruzeiro do Sul de 1956 a 1960, Fernando Perez Nobre nasceu dia 26 de julho de 1923 em um outro município, Feijó, então território do Acre. Fernando foi o quarto filho da prole de dez. Os pais deles: Raimundo Quirino Nobre e Amanda Perez Nobre.
Fernando saiu do Acre para estudar em Fortaleza no Ceará, em 1939. Se alistou no exército aos 16 anos, em plena Segunda Guerra Mundial, na cidade de João Pessoa, capital da Paraíba.
De volta a Fortaleza, depois de sentar praça no Exército, fez faculdade de Direito, onde conheceu José Lourenço de Araújo Mourão, que chegou a casar com sua irmã, Nonata Perez Nobre.

Entre idas e vindas de Fortaleza a Cruzeiro do Sul, conheceu Rosa Lis, filha de Margarida Silva e Luiz Antônio Meirim Pedreira (já falecido na época), que em 1954 consolidaram casamento na cidade do Rio de Janeiro, no então Estado da Guanabara.

Deste casamento, foram pais de dois filhos, Maurício Pedreira Nobre, artista plástico, nascido em 28 de junho de 1957 na cidade do Rio de Janeiro, e Fernanda Maria Pedreira Perez Nobre, empresária, nascida em Cruzeiro do Sul dia 14 de janeiro de 1959.
Fernando também foi pai de Camila Vieira Nobre, pastora protestante, e
Amanda Vieira Nobre, lojista.

Já formado, Fernando volta ao então território do Acre, por volta de 1947, para trabalhar no comércio da família, as casas Quirino, Pedreira e Borracha.
Fernando foi prefeito de Cruzeiro do Sul de 1956 a 1960 dantes citado, passando o cargo a Aluísio de Queiroz.

Ressalva-se um ponto bonito nessa passagem pela prefeitura de Cruzeiro do Sul. Seu salário de prefeito era doado às professoras do município, uma vez que o mesmo não precisava daquele salário para sobreviver, pois tinha nas atividades de seringalista e comerciante, suas rendas próprias.

Em 1963 foi candidato a deputado federal pelo PSD no estado do Acre, porém, não conseguiu se eleger.

Ainda em 1963 se mudou com a família para o Rio de Janeiro, onde morou até 1966.
Em dezembro de 1966, mudou-se com a família para Brasília, foi trabalhar para o governo da capital Federal, onde morou até 1999, voltando para o Rio de Janeiro, onde morou até 2013, ano do seu falecimento. Este ano, seria seu centenário em 26 de julho.

(Entrevista concedida por Maurício Pedreira Nobre, direto de Petrópolis, Rio de Janeiro)